O Sistema de Segurança Interna (SSI) esclareceu hoje que o recluso que fugiu na terça-feira de uma carrinha da PSP, junto ao Tribunal da Relação de Lisboa, tem nacionalidade marroquina e não argelina, como foi inicialmente anunciado.
Abdelkader Eddouh, 36 anos, foi detido na segunda-feira no Aeroporto de Lisboa, por pender sobre ele um mandado de captura internacional emitido pelas autoridades alemãs pelo crime de fogo posto, tendo na sua posse um passaporte argelino, refere o SSI num esclarecimento divulgado hoje ao final do dia.
O detido, que as autoridades julgavam ser argelino, em virtude de ter na sua posse um passaporte da Argélia foi conduzido na terça-feira pela PSP ao Tribunal da Relação de Lisboa, tendo conseguido tirar uma das algemas e fugir do carro de transporte de presos, pelas ruas da baixa, não sendo alcançado pelos agentes.
O homem acabaria por ser capturado hoje às 09:40 em Estombar, concelho de Lagoa, depois de uma cidadã ter dado o alerta, tendo no momento da detenção ainda as algemas em sua posse, segundo um comunicado da GNR.
O SSI adianta no esclarecimento que o detido é alvo de um Mandado de Captura e Detenção para Efeitos de Extradição inserido no sistema de troca de informações policiais internacionais pela Alemanha.
Esta medida cautelar foi inserida no sistema pela Alemanha “em 22 de novembro de 2023, alterado a 18 de junho de 2024 e com validade a 13 de fevereiro de 2026”, refere o SSI, acrescentando que a mesma é dirigida a um cidadão marroquino.
Sobre se o homem era portador de uma passaporte falso, o SSI afirma “não ter conhecimento dessa informação” e que consultado o sistema de troca de informações apenas se encontra patente que o cidadão em causa foi detido a 10 de novembro de 2024, no Aeroporto de Lisboa, para cumprimento do Mandado de Captura, “encontrando-se na posse de um passaporte Argelino”.
“No sistema informático, no processo que é verificado aquando do tratamento dos títulos de residência (neste caso a renovação), pela AIMA, consta a informação que não existem medidas cautelares. Tal sucedeu devido à troca da nacionalidade na inserção dos dados no sistema pelas autoridades estrangeiras responsáveis”, explicou o SSI.
Lusa