Telmo Pinto foi eleito para o terceiro mandato consecutivo como presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, vencendo com maioria absoluta.
Ao Algarve Primeiro, disse que os próximos quatro anos serão «um complemento do que fizemos nos primeiros dois mandatos». Em relação ao passado, diz que atualmente a Junta de Freguesia encontra-se num patamar em que ganhou autonomia e capacidade para poder fazer por si.
«O problema é que as pessoas não têm a noção da diferença entre uma Junta de Freguesia e uma Câmara Municipal», aponta Telmo Pinto, relatando que «o Município de Loulé tem 150 milhões de orçamento e a nossa Junta, quando chegámos, tinha 800 mil euros. O que é que se consegue fazer com este valor? Somos a entidade que está mais próxima da população. Politicamente é muito giro dizer, mas depois não temos capacidade para fazer».
O crescimento da freguesia fez com que se tornasse a maior do Algarve, sendo só equiparada às de Lisboa: «Este crescimento deu-nos capacidade para dizermos às pessoas “isto não é com a Câmara, nós resolvemos”. É um patamar. Nós criámos uma dinâmica nesta Junta que só é comparável a Câmaras, e se calhar há muitas que não têm tanta».
A realização de concursos públicos pela primeira vez é também uma grande conquista para o autarca.
Sobre o que é ou não possível fazer, deixa claro que «na medida da nossa capacidade de resposta, na intervenção direta ou indireta, estamos cá para perceber as necessidades e do que é preciso, e intervir em todas as áreas. Não tendo capacidade para fazer, há a capacidade de reivindicar».
Refere que a promoção de Quarteira é um objetivo contínuo. «O gabinete sociocultural não age só para os que cá vivem. Nós conseguimos ter, dos 500 inscritos em 2019, ano de referência antes da pandemia, quase 200 foram estrangeiros que estão radicados cá. Apoiamos as pessoas, o Algarve precisa de pessoas».
Deixa claro que o «grande» Mercado de Quarteira é para avançar, considerando que será «um edifício que vai ser emblemático, não só pela capacidade de oferta nos serviços, mas também porque vai ser único abaixo do Tejo».
Para Telmo Pinto, os problemas do Algarve são a fraca força política e a falta de massa crítica. Considera que, por um lado, a região é vista como uma zona rica, que na sua ótica não corresponde à verdade, acabando por a prejudicar nos fundos e nas decisões tomadas. «O Algarve precisa de uma atenção especial, até pela particularidade de ser uma das últimas zonas a entrar em crise pela dinâmica económica e turística, e a primeira a sair. É importantíssimo para o país».
Considera que Vilamoura, tem a melhor praia urbana do país. Refere que Quarteira tem uma oferta única e que é «olhada hoje em dia como um dos grandes destinos turísticos, em Portugal, mas também de fora».
A oferta única que possui, com o Concelho de Loulé a ser «o mais procurado a nível nacional, e até internacional, é sinal do crescimento exponencial que houve e que vai continuar», segundo o mesmo responsável.
Acredita que o futuro passa por «melhorar e aumentar a capacidade de resposta e de trabalho que podemos fazer para a comunidade».
Agradece ainda aos quarteirenses a renovação de confiança, deixando claro que «a minha força é a força de todos os votos e de todos os que estão connosco. Tudo aquilo que conquistámos, tem sido através de um trabalho de equipa. Quarteira, neste momento, e as pessoas têm esse reconhecimento, está muito melhor e daqui para a frente, cada vez mais será melhor», afirmou.