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Qual é mais importante, o Q.I ou o Q.E?

Qual é mais importante, o Q.I ou o Q.E?
Qual é mais importante, o Q.I ou o Q.E?  
Foto - Freepik
Fala-se muito de Q.I e, mais recentemente de Q.E, mas afinal o que os distingue e qual é o mais importante?

Em linhas gerais, Q.I significa quociente de inteligência, enquanto que, o Q.E se refere ao quociente emocional.
 
Os testes mais tradicionais de Q.I. foram desenvolvidos para classificar as pessoas conforme a sua capacidade de processar informações, sendo que, durante muitos anos eram entendidos como a melhor forma de avaliar a inteligência de um indivíduo. O Q.I difundiu-se por todo o mundo, mas Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, propôs um novo conceito de avaliação das potencialidades humanas: o Q.E, que tem uma relação direta com a inteligência emocional (I.E).
 
Ao longo dos anos, acreditou-se que, ser portador de um “bom” Q.I seria uma garantia ou uma rampa de lançamento para alcançar o sucesso na vida. Com a proposta de Goleman, percebeu-se, no entanto que, ser inteligente não basta; é preciso muito mais.
 
De acordo com o mesmo autor, o Q.E. (Inteligência Emocional) é essencial para uma vida plena e para alcançar uma carreira de sucesso. Afinal de contas, de que adianta ser uma pessoa muito inteligente se não for capaz de gerir bem as emoções?, questiona Goleman.
 
As emoções impactam diretamente em todas as esferas da nossa vida, inclusive no ambiente de trabalho. Uma pessoa com uma Inteligência Emocional bem desenvolvida é mais produtiva, sabe trabalhar melhor em equipa, desenvolve relações interpessoais mais saudáveis, e é mais otimista e hábil na resolução de problemas, defende o mesmo autor.
 
Daniel Goleman entende que o Q.I. contribui com 20% do sucesso na vida, ao passo que o Q.E. contribui com 80%, pelo que, é possível afirmar que o Q.E é mais importante para que se consiga alcançar o sucesso.
 
Tudo começa logo nas entrevistas de emprego em que as organizações já estão muito mais despertas para a importância da Inteligência Emocional e menos direcionadas para os valores de Q.I. Depois, uma pessoa que se sinta realizada consigo mesma, que saiba gerir as suas emoções e manter boas relações com os demais, será seguramente muito mais feliz e terá uma vida com mais qualidade, para além de trabalhar melhor, com mais entusiasmo e proporcionar um melhor ambiente na empresa, reforça o mesmo autor.
 
Partindo da importância deste plano emocional para a melhoria da qualidade de vida, faz sentido que que se trabalhem as emoções e, a boa notícia é que esse é um desafio acessível a todos.
 
Assim, se quer desenvolver a sua Inteligência emocional, registe estas dicas:
 
- Faça algo que lhe dá prazer. Apesar de esta ser uma ideia muito pessoal, pode anotar alguns pontos a desenvolver como a leitura de um bom livro, a prática de um desporto, a integração num grupo, a inscrição num ‘hobby’, estudar um novo idioma ou qualquer outra área que lhe desperte interesse, mas acima de tudo, procure estar bem consigo mesmo.
 
- Aceite os momentos de tristeza como fazendo parte da própria vida, mas procure entender o que sente, como pode ultrapassar essa fase e ir ao fundo das questões, pois a tristeza é tão natural como a alegria, não devemos é permitir-nos estar em angústia durante muito tempo, para isso, faça algo que lhe dá prazer, procure uma boa companhia, converse com um amigo ou familiar e procure libertar-se do peso, mas não do que sente.
 
- A ansiedade também faz parte das nossas vidas, tal como a raiva e os maus pensamentos que sentimos em relação aos outros, mas se não formos ao fundo das nossas emoções e tentarmos entender o que se passa, esse mal-estar irá prolongar-se e começar a afetar-nos a qualidade de vida. Pense no que se passou, mas ao mesmo tempo, procure fazer algo que lhe dá prazer, que o faça sentir melhor e libertar as tensões acumuladas. Enquanto pratica exercício físico, por exemplo, estará a encontrar uma melhor resposta para um problema, estará a descobrir uma melhor frase para incluir num texto e daí por diante. Ao fazermos algo por nós, estamos naturalmente a contribuir para nos acalmarmos, para encontrarmos respostas mais atualizadas para os nossos problemas e a minimizar a dor e a raiva.
 
- Defina objetivos de longo prazo, já que são eles que o vão ajudar a gerir melhor as emoções do presente. Se quiser emagrecer e pensar que não deverá comer em excesso, imagine como estará em forma num prazo de dois meses, por exemplo, o mesmo se passa com metas a atingir em qualquer área de vida. Foque-se no seu objetivo e isso o ajudará a reduzir as tensões e até o desconforto por não ter o que pretende naquele momento. O foco e os objetivos ajudam-nos a esperar pelo melhor momento e a lutar de forma mais orientada e direcionada.
 
– Seja otimista: não se esqueça de que tudo tem um lado bom. Mesmo nos momentos difíceis, encare os obstáculos como oportunidades de crescimento e aprendizagem. Quando temos uma visão pessimista de tudo, deixamos de ver as soluções para os problemas e só encontramos dificuldades e, quase sempre de forma exagerada.
 

Vantagens de possuir uma boa Inteligência Emocional:

– Melhor relacionamento interpessoal;
 
– Desenvolvimento do autoconhecimento;
 
–Gestão das emoções, como o mau-humor, tristeza e empolgação em excesso;
 
– Alta produtividade;
 
– Foco nos resultados;
 
– Maior empoderamento para a tomada de decisões;
 
– Eliminação da autossabotagem;
 
– Redução dos sintomas de traumas, vícios, depressão e ansiedade;
 
– Fortalecimento da capacidade de liderança, autoconfiança e otimismo.
 
Como já verificou, a Inteligência Emocional constitui uma poderosa ferramenta na melhoria da qualidade de vida e na obtenção de sucesso, pelo que vale a pena apostar nesta potencialidade humana e procurar desenvolvê-la diariamente e o mais possível.
 
Se conseguir aliar um bom Q.I com um Q.E elevado, então estará no pleno para agarrar as oportunidades pretendidas, mas não se esqueça de ser pessoa, de acreditar em si mesmo, de estabelecer relações de qualidade, de gostar de si e de permitir que alguém também o ame!