Política

PSD Silves absteve-se na votação do Orçamento Municipal para 2025

 
O grupo municipal do Partido Social Democrata (PSD) em Silves decidiu abster-se na votação do Orçamento Municipal para 2025, permitindo a sua viabilização, mas criticando o executivo da CDU.

Para o PSD, apesar de se tratar do orçamento mais elevado de sempre, com um valor superior a 80 milhões de euros, "grande parte deste montante resulta das cativações dos investimentos, das competências transferidas pelo Estado Central e de financiamentos bancários. Contudo, continua a faltar uma estratégia clara para investir no desenvolvimento sustentado do concelho", adianta em comunicado. 
 
"Decidimos abster-nos para não bloquear o funcionamento da autarquia e por respeito às populações que precisam que o município continue a operar. No entanto, este é mais um orçamento que repete promessas sem execução e ignora as necessidades das pessoas. Silves está parado no tempo, e a CDU perdeu a capacidade de fazer obra," afirma João Garcia, presidente da concelhia do partido, no documento. 
 
Entre as críticas ao executivo, o social-democrata fala de "projetos anunciados repetidamente, como a requalificação de estradas e escolas, que continuam sem execução, o orçamento falha em concretizar melhorias estruturais essenciais para o concelho, falta um plano robusto para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade e criar condições que promovam igualdade entre as diferentes zonas do concelho, o investimento em habitação social é quase inexistente, o orçamento revela a ausência de uma estratégia para atrair investimento, promover o empreendedorismo e criar emprego e o potencial económico de Silves continua subaproveitado".
 
Acrescenta ainda que em 2024, a taxa de execução das Grandes Opções do Plano (GOP) foi de 35% até outubro. Apesar do concelho de Silves ter alcançado o 19.º lugar na lista dos melhores municípios a nível global, para o PSD, "esta posição esconde a realidade de um concelho com obras atrasadas, um orçamento cativado e um executivo que não responde às necessidades reais das pessoas", lê-se ainda.