Política

PSD defende que é preciso fazer mais pela Linha Ferroviária do Algarve

 
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, deslocou-se esta semana à região, para fazer o ponto de situação da eletrificação da Linha do Algarve.

Para o PSD Algarve, "trata-se de um investimento global de 80 milhões de euros que permitirá ganhos marginais na operação e pouco fará para tornar a ferrovia numa verdadeira alternativa para os algarvios, reduzindo em 25 minutos o percurso total entre as cidades de Vila Real de Santo António e Lagos, aumentando o número de frequências".
 
O partido salienta que esse percurso pode durar um mínimo de 2h50m e um máximo de 3h28m e há 16 ligações diárias (oito em cada sentido), "com material circulante bastante envelhecido". 
 
Segundo Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, "do meu ponto de vista, e disse-o repetidamente enquanto parlamentar aos ministros Pedro Marques e Pedro Nuno Santos, esta obra não deveria ter avançado sem que fosse acompanhada pelo menos de correções de traçado, designadamente nos ângulos das curvas para assegurar um aumento substancial de velocidade, de modo a ser possível reduzir drasticamente o tempo despendido de Lagos a VRSA. Isso terá que ser feito necessariamente.Tenho muitas dúvidas que desta forma, tirando os movimentos pendulares curtos, tipo Faro-Olhão, a ferrovia se afirme como alternativa. Impõe-se, por outro lado, avançar com a ligação ao aeroporto, pois essa ligação é a que pode oferecer massa crítica e sustentabilidade operacional a todo o sistema. Por agora, perdeu-se uma oportunidade de fazer um investimento altamente reprodutivo e verdadeiramente transformador", reporta em comunicado.
 
De acordo com o social democrata, "a ferrovia é central num plano articulado e coerente de desenvolvimento da região e de mobilidade integrada", apontando para a nessecidade de recuperar o triângulo ferroviário em Tunes, para que seja possível comboios de e para Lisboa servirem diretamente o barlavento, refletir sobre a extensão da via até Sagres, sem esquecer a ligação a Espanha, esta última dependente do Governo espanhol, exigindo empenhamento diplomático.