Política

PS repudia aumento "brutal" na fatura da água no concelho de Faro

 
O PS Faro critica que a população, "e sem aviso prévio", tenha sido surpreendida, este mês, "com um brutal aumento" no valor da fatura emitida pela empresa municipal FAGAR.

Em comunicado, os socialistas referem que em dezembro, o executivo camarário liderado pelo PSD, propôs em sede de reunião de Câmara, um aumento global de 6%, no tarifário da água, saneamento de águas residuais e resíduos urbanos, para o ano de 2023, tendo o Partido Socialista votado contra a proposta.
 
A entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, (ERSAR), dá orientação para que a tarifa que chega aos consumidores (tarifa alta) deve ser atualizada em média, em torno dos 2% para 2023, porém, os custos na chamada tarifa baixa ficam ao critério da decisão dos municípios, segundo a ERSAR.
 
O partido adianta que o "aumento factual, que chegou através da fatura recebida em casa dos farenses, durante este mês de março, na ordem global de cerca de 25%, merece da nossa parte total repúdio", resumindo que para uma família que tem um consumo de 17m3, pagava em 2022, 49 euros, passando em 2023 a pagar 61 euros, um aumento de 24,5%. Para o PS, este aumento irá agravar as condições de vida das famílias em geral, num contexto inflacionário, sobrecarregando os orçamentos familiares.
 
Os socialistas não entendem que, sendo a FAGAR, uma empresa municipal, e tendo o monopólio do setor, com capital social maioritariamente do município, não assuma, "a sua quota-parte na partilha de sacrifícios que afetam toda a sociedade, propondo um atualização do tarifário como se estivesse perante uma conjuntura classificada pela normalidade, que não é. Mais ainda, sendo uma empresa maioritariamente constituída por capital público, é seguro afirmar, que o bom senso dita que seja utilizado na defesa das condições de vida de quem representa, e que deveria ser isento de qualquer interesse ou estrutura empresarial privado", lê-se no comunicado.
 
O PS entende que o município deve atuar dentro das suas competências, "quando se trata, sobretudo, da provisão de serviços que interferem com as necessidades básicas dos cidadãos, com uma real preocupação e responsabilidade social, trabalhando para a melhoria das condições de vida condignas".
 
No mesmo documento emitido à comunicação social, o executivo de Rogério Bacalhau é ainda criticado, por não ter conseguido cobrir todo o concelho com água e esgotos; não ter apresentado um plano de investimentos a médio e longo prazo; não ter investido no melhoramento do seu serviço de fornecimento de água, saneamento e resíduos; registando um aumento de 40% nas perdas de água, nos últimos 6 anos.