O PS sublinha que todos os anos os hospitais do Algarve gastam perto de 6 milhões euros com exames e tratamentos oncológicos, a que se somam as despesas financeiros e os custos pessoais para os doentes com as deslocações para Lisboa ou para Sevilha uma vez todo o Sul do país não dispõe de capacidade de tratamento nesta área.
Os socialistas registam que a OCDE aponta um aumento de 35% de doenças oncológicas até 2040, tendo a administração do Centro Hospitalar do Algarve, liderado à data por Ana Varges Gomes, decidido, em 2023, avançar com a criação de uma unidade oncológica na região, onde o projeto foi incluído no programa eleitoral do Partido Socialista e no programa de Governo.
Lembram que as autarquias de Loulé e de Faro, disponibilizaram em conjunto um terreno para a construção da nova unidade oncológica na área verde e de equipamento do Parque das Cidades que, "de acordo com o Plano de Pormenor, totaliza uma área de 311 mil metros quadrados".
O PS acusa os sociais-democratas, "no Algarve e em Lisboa", de "sem coragem para assumir que são contra a construção desta unidade oncológica pública" e que "tudo têm feito nos últimos dias para arranjar um bode expiatório": "Diz o PSD que o projeto da unidade oncológica é superior ao terreno, implicando a construção de 7 mil metros quadrados numa área de 311 mil metros quadrados".
O partido refere que em 2008, os municípios de Loulé e Faro, tiveram necessidade de proceder a uma alteração do Plano de Pormenor do Parque das Cidades, em matéria de índices de construção, de forma a compatibilizar o documento com o plano funcional do novo Hospital Central do Algarve.
Para o PS, "ninguém, em parte alguma de Portugal, deixou ou deixará alguma vez de construir uma unidade hospitalar porque o índice de construção previsto num plano de ordenamento se revela insuficiente para responder às necessidades de um equipamento de interesse público como um hospital".
A federação do PS Algarve exorta a ministra da Saúde a reconsiderar a sua posição "que resulta de informação deliberadamente errada" e que aceite a disponibilidade manifestada pela Câmara Municipal de Loulé para proceder a uma alteração simplificada do Plano de Pormenor do Parque das Cidades aumentando, "tal como efetuado em 2008 para contemplar o Hospital Central do Algarve, os índices de construção da atual área do equipamento".