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PS diz que ministra da Saúde anunciou "certidão de óbito" do Centro Oncológico do Algarve

PS diz que ministra da Saúde anunciou
PS diz que ministra da Saúde anunciou "certidão de óbito" do Centro Oncológico do Algarve  
Foto - Freepik
O PS Algarve refere em comunicado, que a ministra da Saúde assumiu, ontem, na Assembleia da República, "que o Governo não vai avançar com a construção do Centro Oncológico de Referência do Sul (CORS)", uma unidade de saúde projetada para tratar 3.500 algarvios por ano, que fazia parte da Lei do Orçamento de Estado e que tinha 8 milhões de euros de financiamento europeu já aprovado no âmbito do programa regional 20/30.

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O PS sublinha que todos os anos os hospitais do Algarve gastam perto de 6 milhões euros com exames e tratamentos oncológicos, a que se somam as despesas financeiros e os custos pessoais para os doentes com as deslocações para Lisboa ou para Sevilha uma vez todo o Sul do país não dispõe de capacidade de tratamento nesta área. 

Os socialistas registam que a OCDE aponta um aumento de 35% de doenças oncológicas até 2040, tendo a administração do Centro Hospitalar do Algarve, liderado à data por Ana Varges Gomes, decidido, em 2023, avançar com a criação de uma unidade oncológica na região, onde o projeto foi incluído no programa eleitoral do Partido Socialista e no programa de Governo. 

Lembram que as autarquias de Loulé e de Faro, disponibilizaram em conjunto um terreno para a construção da nova unidade oncológica na área verde e de equipamento do Parque das Cidades que, "de acordo com o Plano de Pormenor, totaliza uma área de 311 mil metros quadrados".

O PS acusa os sociais-democratas, "no Algarve e em Lisboa", de "sem coragem para assumir que são contra a construção desta unidade oncológica pública" e que "tudo têm feito nos últimos dias para arranjar um bode expiatório": "Diz o PSD que o projeto da unidade oncológica é superior ao terreno, implicando a construção de 7 mil metros quadrados numa área de 311 mil metros quadrados". 

O partido refere que em 2008, os municípios de Loulé e Faro, tiveram necessidade de proceder a uma alteração do Plano de Pormenor do Parque das Cidades, em matéria de índices de construção, de forma a compatibilizar o documento com o plano funcional do novo Hospital Central do Algarve. 

Para o PS, "ninguém, em parte alguma de Portugal, deixou ou deixará alguma vez de construir uma unidade hospitalar porque o índice de construção previsto num plano de ordenamento se revela insuficiente para responder às necessidades de um equipamento de interesse público como um hospital". 

A federação do PS Algarve exorta a ministra da Saúde a reconsiderar a sua posição "que resulta de informação deliberadamente errada" e que aceite a disponibilidade manifestada pela Câmara Municipal de Loulé para proceder a uma alteração simplificada do Plano de Pormenor do Parque das Cidades aumentando, "tal como efetuado em 2008 para contemplar o Hospital Central do Algarve, os índices de construção da atual área do equipamento".