Política

PS critica exoneração do conselho de administração da ULS Algarve

 
O PS Algarve critica a forma como o anterior conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Algarve, foi exonerado "por e-mail sem que tenha sido apontado qualquer motivo ou fundamento que suporte tal decisão".

Para o PS, "trata-se de um claro exemplo de prepotência partidária que desconsidera as personalidades que serviram com espírito de missão a saúde no Algarve e que subjuga a saúde dos algarvios e a estabilidade e independência das instituições públicas aos interesses partidários e à insaciável vontade de empregar militantes do PSD", assinala em comunicado.
 
A federação do PS Algarve recorda, que as administrações nomeadas pelo Governo Passos Coelho, para o Centro Hospitalar do Algarve e para a Administração de Saúde do Algarve completaram os seus mandatos, independentemente dos mesmos se terem prolongado pelo período da governação do Partido Socialista de António Costa. "Trata-se de cumprir a Lei e a ética republicana".
 
O Partido Socialista diz respeitar "o princípio democrático dos mandatos das equipas em cada organismo público", tendo procurado, "sempre abrir as suas escolhas a personalidades independentes, incluindo até, personalidades com outras preferências partidárias".
 
Os socialistas lembram que esta regra foi seguida no Centro Hospitalar do Algarve, onde o presidente do conselho de administração João Ferreira não tem qualquer ligação ao Partido Socialista, dando ainda outros exemplos como da professora doutora Helena Leitão, designada para vogal do conselho de administração pela própria Universidade do Algarve, da vogal financeira, Patrica Rego, profissional de carreira da ULS e de todos os diretores clínicos que serviram os hospitais do Algarve nos últimos oito anos, Mahomede Americano, Joaquim Pedro, Horácio Guerreiro e José Manuel Almeida". 
 
A federação do PS Algarve destaca "a competência e o mérito de todos os que serviram o centro hospitalar do Algarve, enfrentando a crise Covid", agradecendo "a dedicação" das equipas lideradas por João Ferreira, Ana Varges Gomes, Ana Paula Gonçalves e Joaquim Ramalho, e o papel desempenhado por Paulo Neves, "cuja competência e espírito de missão é reconhecido pelos diversos intervenientes no setor da saúde na região, ficando indelevelmente ligado à abertura do novo hospital das Terras do Infante, em Lagos, ao Centro de Referenciação Oncológico do Sul, projetado para o Parque das Cidades e ao novo bloco operatório e robótica cirúrgica que permitirá a instalação de novas especialidades clínicas na região", acrescenta. 
 
Os socialistas lamentam "esta tentativa de assalto ao Estado por parte do PSD" e esperam que o Governo tenha "a necessária humildade democrática para respeitar o Estado, a Lei da República e as instituições públicas", terminam.