O projeto multidisciplinar "Waterworld", que visa refletir sobre a subida das águas do mar como consequência do aquecimento global, cruzando várias áreas e disciplinas, e que começou no passado mês de janeiro, mostra o resultado do seu trabalho com a inauguração de duas exposições em Loulé.
Assim, no dia 10 de novembro, inaugura a exposição no Convento de Santo António, que vai contar com a atuação do Grupo Coral de Quarteira e do Grupo Coral Infantil de Loulé, e no dia seguinte, inaugura a exposição nas Minas de Sal Gema. Nestas exposições, estarão patentes alguns objetos que resultaram das várias iniciativas dos 9 meses de projeto, que incluiu conversas, residências artísticas, oficina de construção de embarcações com materiais reciclados na ilha da Culatra.
Rita Castro, Pavel Tavares, Joke Van Den Heuvel e Bruno Caracol, foram os artistas participantes deste projeto, que se estendeu a alguns grupos de investigação da Universidade do Algarve, sobretudo aqueles focados no impacto das alterações sobre a Ria Formosa e em prever o curso dos acontecimentos. Nesta exposição podem ser conhecidos alguns objetos que estes artistas criaram à medida que o projeto Waterworld se ia desenvolvendo, nomeadamente: objetos audiovisuais; objetos cerâmicos; a edição em papel do conto Big Splash, de Joana Bértholo e uma peça sonora criada a partir deste, musicada com o apoio de António Lourenço Meneses e gravada com o Grupo Coral de Quarteira e o Grupo Coral Infantil de Loulé; e objetos flutuantes construídos durante a oficina de construção de embarcações na Ilha da Culatra.
Este projeto foi também o encontro com moradores da Ria Formosa e com a experiência quotidiana do movimento dos bancos de areia que habitam; uma oficina de construção de embarcações e uma regata; a criação do conto "Big Splash" por Joana Bértholo, o trabalho de fragmentá-lo e musicá-lo com António Lourenço Menezes, a tradução desta peça para os grupos corais pelo maestro Ricardo Silva.
Ambas as exposições estarão patentes até ao dia 26 de novembro.