O Município de Portimão convocou uma conferência de imprensa, esta terça-feira, com o intuito de apresentar o programa cultural que assinala até dezembro, o centenário de elevação de Portimão a cidade (1924 - 2024).
Na conferência estiveram Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, membros do executivo e o programador artístico, Giacomo Scalisi, fundador da cooperativa cultural Lavrar o Mar, criada em 2016 com Madalena Victorino, com o objetivo de imprimir uma nova dinâmica artística e cultural no território do sudoeste algarvio, nomeadamente em Aljezur e Monchique.
Para assinalar o centenário, Giacomo Scalisi referiu que o programa é feito a partir da relação da cidade com a arte, de forma "a aprofundar o sentimento de pertença das suas comunidades". Estão previstos 21 eventos de companhias e projetos artísticos que irão apresentar-se no concelho. São projetos nacionais e internacionais vindos essencialmente de França e Espanha. Um dos motes do programa passa por convocar pensadores, comunidades e artistas para que seja gerado um laboratório de criação artística e palco, incidindo na memória, na reflexão, no tempo e noutras questões contemporâneas que marcam a vida das pessoas na cidade.
Além do teatro, a programação contempla, dança, artes plásticas, instalações de performances, novo circo, fotografia, música, passando por experiências culinárias.
O programa já arrancou em fevereiro com a inauguração da exposição "Histórias que o rio nos traz" no Museu de Portimão e o lançamento da lata de conserva comemorativa do centenário.
Giacomo Scalisi partilhou que ao longo de 2024, "vamos descobrir como a arte pode dialogar, modificar e renovar a identidade de um lugar, por isso convocámos pensadores, artistas, companhias portuguesas e estrangeiras a confrontar-se com a cidade e a sua existência centenária, para que depois possam envolver os diferentes públicos, as suas visões analíticas, poéticas, oníricas e temas que povoam os dias das pessoas que vivem em Portimão".
Para a presidente Isilda Gomes, o programa foi feito para todos e para todas as faixas etárias: "diria que este é um programa para famílias e por outro lado, é um programa que nos vai deixar marcas para construir o futuro, porque sem cultura não vamos muito longe, isto é, não temos estrutura de pensamento para poder progredir e fazer algo diferente". A autarca realçou que as comemorações do centenário de Portimão, servem para que as pessoas sintam que "são pertença desta terra e este programa da Lavrar o Mar vai obrigar-nos a viver e a sentir a cidade e o concelho, já que há iniciativas para as três freguesias".
Coincidindo com o programa do centenário, Isilda Gomes afirmou que a Câmara irá elaborar o plano estratégico para a cultura, "para que não tenhamos só eventos pontuais, mas sim para que saibamos o que queremos para o futuro no que toca à cultura portimonense, envolvendo os nossos cidadãos".
A presidente destacou ainda que este será um ano, "recheado de eventos, muito forte, também por ser aquele em que comemoramos os 50 anos do 25 de Abril, porque se não vivêssemos em democracia, não estaríamos aqui a fazer este tipo de comemoração", enfatizou.
Sobre o investimento no programa dos 100 anos de Portimão, a autarca falou de 740 mil euros, que no seu entender são divididos por 21 espetáculos, "vejam o preço de cada uma das iniciativas e depois digam-me se é caro. Se fosse um valor exagerado não teríamos aceite", concluiu.
A maioria dos espetáculos ao ar livre são gratuitos, aqueles que são pagos, a organização garante que os valores são acessíveis a todos. Os bilhetes estão à venda na
BOL, no TEMPO - Teatro Municipal de Portimão e Museu de Portimão.
Conheça a programação do centenário
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