A maior associação portuguesa de operadores de citrinos, a AlgarOrange, revelou hoje que a quantidade de citrinos vendidos pelos seus associados aumentou 4,5%, para mais de 42 milhões de quilos, nos primeiros seis meses da atual campanha.
Em comunicado, a associação de agricultores que, na sua maioria, produzem laranjas, indica que nos primeiros seis meses da campanha agrícola de citrinos no Algarve (de setembro de 2023 a fevereiro de 2024), a quantidade de citrinos vendida pelos associados da AlgarOrange ultrapassou os 42 milhões de quilos.
Verificou-se, assim, um aumento global de 4,5%, em comparação com o mesmo período da campanha anterior, refere a AlgarOrange, sublinhando que as perspetivas levam os produtores a assegurar a capacidade para um abastecimento normal ao mercado nacional e internacional.
“A produção de laranja na região algarvia está a decorrer de acordo com as previsões iniciais, com um ligeiro aumento das variedades de inverno e com um aumento mais acentuado das variedades de primavera e verão, face à campanha anterior”, afirma a associação.
Por outro lado, tendo em conta as estimativas de produção das variedades em colheita e por colher, os produtores associados da AlgarOrange preveem que a campanha de citrinos se irá “prolongar até finais de setembro, inícios de outubro” de 2024.
Segundo a AlgarOrange, cerca de 74% da área e 88% da produção de citrinos do país está localizada no Algarve e é aqui que são produzidas laranjas, clementinas, tangerinas e limões, entre outros produtos.
“Estamos empenhados em tomar todas as medidas possíveis para combater os efeitos das mudanças climáticas através da tecnologia disponível e do investimento em inovação e desenvolvimento”, afirma José Oliveira, presidente da AlgarOrange, citado na nota.
O dirigente agrícola assegura, ainda, que entre 2009 e 2022, os agricultores algarvios conseguiram reduzir o consumo de água em 50% e são, neste momento, “os mais eficientes na gestão deste recurso”.
De acordo com a AlgarOrange, em 2023, as exportações portuguesas de citrinos ultrapassaram os 197 milhões de euros, mais 10,4 milhões do que no ano anterior.
Os produtores de citrinos receavam no final de 2023 que a situação de seca e a falta de água no Algarve pudesse significar uma redução importante das quantidades produzidas, mas as chuvas que ocorreram no primeiro trimestre de 2024 terão alterado esses receios iniciais.
Os associados da AlgarOrange representam cerca de 40% da produção de citrinos no Algarve e 30% da produção nacional.
Lusa