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Prisão preventiva para dois suspeitos de assaltos a bancos sobretudo no sul do país

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois cidadãos estrangeiros procurados por vários assaltos a bancos em Portugal, onde se deslocavam por breves períodos para cometer os crimes, e que ficaram em prisão preventiva após interrogatório judicial.

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Em comunicado divulgado hoje, a PJ adiantou que a investigação, coordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, teve a colaboração da Unidade Nacional Contraterrorismo da PJ, que deteve na região de Lisboa os dois suspeitos de vários roubos a bancos com recurso a armas de fogo, entre julho de 2023 e abril de 2025.

De acordo com um comunicado do Ministério Público (MP), divulgado na página oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), os crimes aconteceram no Alentejo, Algarve e Margem Sul do Tejo e os arguidos, colocados em prisão preventiva, estão “indiciados, como reincidentes, pela prática de, pelo menos, sete crimes de roubo, com recurso a arma de fogo, dez crimes de sequestro, quatro crimes de falsificação de documento e branqueamento”.

Segundo a PJ, os assaltos terão rendido aos suspeitos cerca de 600 mil euros, tendo-lhes sido apreendida “abundante prova da prática dos crimes, nomeadamente 65 mil euros em dinheiro (roubados no assalto à Caixa de Crédito Agrícola da Atalaia, na Lourinhã, no passado dia 08 de abril), a arma utilizada nos crimes, passaportes e outros documentos de identificação com identidades falsas, roupa e acessórios de disfarce”.

“Os suspeitos, considerados perigosos, não têm qualquer vínculo ao nosso país. Deslocavam-se a Portugal por curtos períodos e apenas pelo tempo necessário para a prática dos crimes, demonstrado enorme facilidade em entrar e sair de território nacional. Utilizavam, para o efeito, outros países do espaço Schengen, recorrendo a identidades falsas, o que dificultou em muito a investigação”, explicou a PJ.

A PJ referiu que ambos os detidos “tem um longo cadastro”, e um deles já havia sido condenado por crimes semelhantes, mas não em Portugal, primeiro em 2012 a 12 anos de prisão, e depois em 2019 a 17 anos e 11 meses de prisão.

Este suspeito acabaria extraditado para o Brasil em 2022 “para cumprimento de pena no país de origem”, detalhou a PJ.

Quanto ao outro detido já tinha sido condenado a 12 anos e seis meses de prisão por homicídio de um cidadão irlandês no Algarve, crime pelo qual não cumpriu pena, esclareceu a PJ.

Sobre os detidos pendia um mandado de detenção europeu, emitido pelas autoridades portuguesas.

Segundo o MP, os assaltos decorriam “em horário de expediente” e os assaltantes “atuavam sobre funcionários e clientes que aí se encontrassem, exibindo armas, forçando à entrega de quantias em dinheiro sob ameaça de violência física, constrangendo as pessoas a permanecerem no local contra a sua vontade, algumas amarradas, causando grande receio e alarme social”.

Lusa