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Principais características das pessoas manipuladoras

Foto - Depositphotos  
As pessoas manipuladoras possuem a capacidade de prejudicar os outros, de lhes causar sofrimento e de “saírem da situação como se nada fosse”.

São pessoas profundamente infelizes e que só se sentem bem quando afetam emocionalmente quem os rodeia, razão pela qual “espalham” negatividade, geram muitos conflitos e desencadeiam muita dor à sua volta.
 
Quem lida com eles terá de saber muito bem com o que conta e com aquilo que não pode esperar, sob pena de carregar uma dor infinita, pois os manipuladores não gostam de sorrisos, de alegria e da felicidade dos outros porque querem tudo só para si,  pelo que fazem de tudo para que, quem os rodeia perca esse brilho, força interior e motivação.
 
Na posição dos especialistas, quem se rodeia de pessoas manipuladoras não tem espaço para ser tal e qual como é, muito menos para expressar a sua opinião ou para se sentir livre seja em pensamento, seja nos comportamentos que assume, pois os manipuladores encontram sempre uma crítica destrutiva para atirar, tecem um comentário depreciativo quando menos se espera e não permitem que os outros alimentem os sonhos e o prazer de viver, porque não são assim, porque não conseguem libertar-se dos seus traumas, dos seus medos, da sua revolta e dos mal-entendidos que carregam pela falta de irem ao fundo de si e de sinalizarem o que os faz sofrer.
 
São mentes muito complexas e muito difíceis de entender, pelo que, idealmente devemos saber como se comportam para que nos possamos proteger. Assim, anote as suas principais características e, decida a melhor forma de lidar com os manipuladores:
 
1 – Narcisismo
O narcisismo caracteriza-se por um amor desmedido por si mesmo. As pessoas com esta característica acreditam que são melhores do que os outros. Este pensamento mantém-se graças a diferentes estratégias, como, por exemplo, a comparação com quem consideram inferior e que não lhes pode fazer frente. Regra geral, classificam os outros como fracos, tolos e incapazes de lhes chegar, pelo que gozam e tentam, a todo o custo tirar partido do melhor que têm para os enganarem.
 
Uma das formas mais fáceis de identificá-las é através do diálogo. Em vez de se interessarem pelo que o seu interlocutor tem a dizer, os manipuladores concentram-se no seu discurso, falam longamente e ignoram o que o outro diz, o que gera muito mal-estar e desconforto a quem está ao seu lado. Os manipuladores acreditam que a sua vida é muito mais interessante do que a dos outros, logo, contam histórias atrás de histórias, gabam-se, mostram as suas mentiras e habilidades e acabam por “abafar” os demais interlocutores.
 
2 – Maquiavelismo
Este é um traço de personalidade que faz referência a uma tendência muito específica: tratar os outros como se fossem instrumentos ou meios, e não como fins. As pessoas maquiavélicas fazem de conta que estão a ajudar, a apoiar, a concordar com o outro, mas têm sempre em vista o seu próprio interesse e aquilo que podem retirar da situação, no entanto, passam-se por boas pessoas, por amigos, por “bonzinhos” e acabam por conseguir enganar quem está mais distraído ou com menos maldade. Para isso, são comuns algumas estratégias, como a mentira ou a chantagem emocional. De um modo geral, quando estamos diante de uma pessoa que se encaixa nesse perfil, é comum que tenhamos  a sensação de não estarmos a fazer o que realmente queremos porque o outro convence-nos a agir de uma determinada forma. A longo prazo, isso deteriora a relação e torna-a superficial.
 
3 – Necessidade de destacar-se
As pessoas manipuladoras não suportam que alguém se destaque, e fazem de tudo para serem elas o centro das atenções em todos os cenários. Para tal, vulgarizam o outro, ridicularizam-no, gozam, humilham-no, destacam aspetos negativos ou histórias que não abonam a favor do outro para ganharem preponderância e para que o outro perca o valor e o interesse num grupo. Não se dando por satisfeitos, até costumam contar relatos da privacidade mesmo que seja do cônjuge ou de outra pessoa que lhe é próxima. Fazem de tudo para se evidenciarem e, quando percebem que alguém tem mais atenção, não olham a meios para o abater. Quando estão numa situação social, costumam colocar-se no centro da mesa ou do local para que sejam mais vistos, para que possam destacar-se e retirar a visibilidade dos demais. São eles que iniciam os assuntos, que falam, falam e falam sem qualquer consideração pelos que lá estão, que são mais velhos no grupo ou líderes, por exemplo. Eles simplesmente passam por cima de todos com uma arte muito específica e capaz de enganar muita gente.
 
4 – Inveja
Os manipuladores gozam de uma particular inveja sobre o que os outros são e têm, seja porque não foram ousados para o conquistar, seja porque não têm essa habilidade, mas querem á força tudo o que eles conseguiram. Mediante o sucesso de alguém, a primeira coisa que fazem é reduzir esse feito, é desvalorizá-lo e até criticá-lo para mostrar que não foi assim tão importante ou que não deu assim tanto trabalho e, imediatamente vão logo recordar uma conquista pessoal, uma aquisição de um objeto de valor ou outro feito que possa abafar o que o outro conquistou.
 
Como querem as atenções todas para si, como querem ser os melhores, os mais importantes e destacados, nunca elogiam ou valorizam os demais, sob pena de estes serem superiores e, no silêncio, até fazem de tudo para destruir o outro e aquilo que alcançou recorrendo á crítica na família, num grupo ou com os colegas de trabalho.
 
Por fim, é de registar que, é muito complexa a tarefa de conviver com uma pessoa manipuladora, por isso, devemos saber e aceitar que é assim, mas aprendermos a proteger-nos, recomendam os especialistas.
 
Tratando-se de pessoas tóxicas, é fundamental que definamos uma estratégia para convivermos com elas, mas a base é estar pouco tempo na sua presença, pensar muito bem no que se vai dizer e fazer, colocar limites no que diz e acima de tudo, perceber até que ponto esse contacto lhe provoca mal-estar. Se for uma pessoa muito próxima, naturalmente que se torna impossível que partilham uma convivência saudável, harmoniosa e em equilíbrio. Se for um colega, pode sempre tentar mudar de local de trabalho, se for um familiar terá de ponderar muito bem as visitas e de preferência sempre na presença de outras pessoas para evitar o impacto ainda mais negativo, se for um amigo, deve repensar a amizade, aconselham os especialistas nesta matéria.