Ana Vargues Gomes, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), garantiu esta tarde ao jornalistas, que os doentes oncológicos algarvios, não serão tratados em Sevilha, mas sim no Algarve.
A responsável clarificou que esta questão não passou de um aproveitamento político e que os concursos públicos têm os seus prazos e documentação confidencial, «e só nos chega às mãos no final do concurso, o que aconteceu hoje, ora se há um concurso a decorrer e se só cabe ao conselho de administração adjudicar o serviço, logo, cabe-nos a nós anunciar essa adjudicação. São 4,5 milhões de euros que estão em jogo, o que implica um concurso internacional e como tal a lei obriga-nos a isso, todo o procedimento foi feito desse modo e obviamente que temos em conta os dinheiros públicos e não dissociamos a questão da segurança e o conforto dos nossos doentes».
Com o processo despachado em reunião do conselho de administração esta manhã, Ana Vargues referiu que os doentes seriam sempre tratados onde tivessem maior segurança, maior conforto e o melhor tratamento possível «e é por isso que nos batemos pelo Centro Oncológico do Sul, onde possamos internalizar todos estes exames e tratamentos, para que os doentes do sul do país possam ser tratados na sua proximidade».
Em visita ao Hospital de Faro para inaugurar o novo angiógrafo biplanar, equipamento de alta tecnologia que vai dotar a região algarvia com uma nova valência no tratamento de doenças neurovasculares, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, referiu que a questão dos doentes oncológicos, «é uma matéria muito sensível e confiamos nas deliberações dos nossos conselhos de administração. Relativamente a essa matéria, garantidamente que os doentes oncológicos têm e devem ficar no Algarve e acredito que as deliberações seguirão nesse sentido. Quero dizer que nós não fazemos política com esta matéria e muito menos políticas de redes sociais, o que queremos é com muita seriedade resolver o problema dos doentes», enfatizou.
Lacerda Sales observou que caso assim não fosse, iria contra a política de proximidade que o Governo defende, «ainda hoje venho aqui inaugurar um angiógrafo que está a trabalhar desde abril e que evita que doentes vão para Lisboa, portanto, na mesma circunstância também não queremos que os nossos doentes oncológicos façam radioterapia fora do Algarve», concluiu.
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