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Prejuízos de não praticar sexo

Prejuízos de não praticar sexo
Prejuízos de não praticar sexo  
Foto - Freepik
A atividade sexual faz bem a tudo e é uma necessidade humana em qualquer idade.

Com o passar dos anos, são muitas as mulheres que não fazem sexo pelas mais variadas razões, mas é importante saber que, essa abstinência provoca vários danos tanto ao nível da saúde física, como mental.
 
Quando uma mulher entra na menopausa, pode ocorrer uma diminuição na libido, o que leva a que muitas senhoras evitem a intimidade. Também fatores como falta de parceiro, pouco interesse pela sexualidade, excesso de trabalho e de preocupações, stress, ansiedade, depressão ou outras condições minimizem ou até inibam a sexualidade, no entanto, os especialistas alertam para a importância de manter a mente e o corpo ativo em todas as idades e enumeram os riscos de não o fazer.
 
Segundo uma publicação no sítio Centrada em Si, a menopausa é um momento crítico porque a ausência de estrogénios está relacionada com vários outros efeitos colaterais e um dos mais significativos é a perda do desejo sexual. O pior que pode fazer é deixar-se levar e renunciar ao sexo. Há muitos motivos para evitar esta situação. Se esta “pausa” for muito prolongada, pode alargar esse efeito ao corpo e a diferentes partes da nossa vida.
 
Se não tem relações sexuais frequentes, é provável que se sinta menos conectada com a pessoa que ama, o que pode derivar em cenas pouco desejáveis de falta de comunicação, introspeção ou solidão. Podemos mesmo habituar-nos a não falar muito dos nossos sentimentos e, dessa forma, não recebermos o apoio que precisamos para gerir os fatores stressantes do dia a dia, alerta a mesma publicação.
 
Por outro lado, devemos ter presente que o sexo faz com que o corpo liberte hormonas como a oxitocina e as endorfinas, que podem ajudar-nos a controlar os efeitos do stress. A oxitocina oferece o benefício adicional de ajudar a dormir, algo que é fundamental. E mais em mulheres maduras, pois a insónia é outro dos sintomas associados à menopausa.
 
Alguns estudos já demonstraram que as pessoas que têm relações sexuais com frequência recordam melhor as informações armazenadas na memória. E há indícios de que o sexo pode ajudar a que o cérebro desenvolva neurónios e, em geral, funcione melhor. Se pergunta muitas vezes “onde deixei as chaves?”, é natural que a sua memória não esteja a gozar de boa saúde e que a intimidade a possa ajudar a inverter esta realidade.
 
Na mesma sequência, está provado que, uma relação amorosa beneficia muito com a intimidade porque aproxima as pessoas, abre caminhos para confidências, para brincadeiras e para um aumento dos momentos de felicidade em casal.
 
Um outro ponto muito relevante da intimidade é que o sexo ajuda a fortalecer o sistema imunitário, pelo que, quem não o pratica regularmente pode estar mais exposto a vírus e outras infeções. Pelo contrário, uma atividade regular pode ajudar o corpo a fortalecer as defesas e a combater as doenças.
 
Num estudo realizado na Universidade de Wilkes, na Pensilvânia, citado pela Centrada em Si, foi demonstrado que as pessoas que tinham relações sexuais uma ou duas vezes por semana tinham níveis mais elevados de certos anticorpos que desempenham um papel importante no sistema imunitário.
 
A diminuição ou cessação das atividades sexuais leva a que, a vagina fique mais tensa, os tecidos fiquem mais estreitos e com mais probabilidades de lesão, fissuras ou mesmo sangramento durante futuras relações sexuais. Isto pode ser tão incómodo e embaraçoso que muitas mulheres com estes sintomas evitam ter relações sexuais, o que a médio prazo significa entrar numa espiral perigosa.
 
Registe que, as alterações relacionadas com a menopausa, como a secura e a irritação vaginal, podem ser tratadas muito eficazmente com lubrificantes, humectantes ou estrogénios em doses baixas. Procure aconselhamento médico e desfrute de uma sexualidade plena e gratificante.
 
Também é muito habitual que mulheres com problemas no pavimento pélvico tenham uma vida sexual pouco ativa. É verdade que o pavimento pélvico não é algo que se exercite de forma habitual, apesar da sua importância. E mantendo relações sexuais põem-se em funcionamento os músculos da pélvis, o que se traduz na tonificação do pavimento pélvico.
 
Quando as mulheres têm um orgasmo, produz-se uma contração dos músculos do pavimento pélvico, fortalecendo-o, o que constitui um benefício porque se o pavimento pélvico não for exercitado e sofrer uma distensão, há uma maior probabilidade de sofrer incontinência urinária, um problema que afeta cerca de 30% das mulheres em algum momento das suas vidas.
 
Perante estes riscos para a saúde que podem ser minimizados com uma prática regular de atividade sexual, faz sentido que ultrapasse os seus medos e complexos e que se adeque a cada idade com liberdade, descontração e desperta para viver momentos de prazer. Peça ajuda ao seu ginecologista ou médico de família que a poderá encaminhar face a terapêuticas, dúvidas e encontrar as melhores respostas para os problemas que possa sentir.