No âmbito da operação “Gatsby” foram realizadas 12 buscas domiciliárias e três não domiciliárias; apreendidos dois imóveis localizados no Algarve; três veículos de gama alta; cerca de 25 mil euros em numerário; além de equipamento informático, de telecomunicações, documentação e outros meios de prova.
No decurso das diligências iniciadas em 2024, foram, também, localizadas e apreendidas diversas armas de fogo, munições e produto estupefaciente (heroína e cocaína).
Segundo comunicado da PJ, "em causa está a investigação de um grupo organizado que, de forma persistente e reiterada, tem vindo a praticar ilícitos criminais em diferentes vertentes, de modo a obter enriquecimento ilegítimo que lhe permita sustentar o padrão de vida luxuoso que ostenta, incompatível com rendimentos lícitos que lhe são conhecidos".
A atuação dos suspeitos passava pela constituição de empresas de “fachada”, estrategicamente colocadas em nome de terceiros, "por forma a ocultar a ação e a identidade dos verdadeiros beneficiários, através de falsificações frequentes com recurso à colaboração de indivíduos especializados neste tipo de crime", reforça a polícia.
Além da suspeita da obtenção de créditos junto de instituições bancárias de forma fraudulenta e da burla a seguradoras, os suspeitos propunham às vítimas diversos negócios envolvendo a importação de veículos de gama alta, assim como de algumas embarcações. Recebiam das vítimas quantias avultadas como parte do pagamento, acabando os negócios por não se concretizar, permitindo-lhes apropriar-se indevidamente de quantias superiores a 450 mil euros.
Há relatos de episódios de coação e ameaça sobre as vítimas para que não apresentassem queixa.
Os detidos, portugueses e estrangeiros, entre os 30 e os 36 anos, residentes na região de Lisboa e do Algarve, irão ser presentes a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas de coação.
A investigação é titulada pelo DIAP de Loulé.