Diz-se que é o coração que escolhe, mas a razão também tem uma palavra a dizer quando de um relacionamento se trata.
Conseguir conciliar muito bem a inteligência com as emoções é uma arte e talvez o segredo para desfrutar de uma relação estável, duradoura e baseada no respeito.
Assim, deixe-se levar por quem lhe dá provas de confiança, segurança, empatia, bem-estar e tranquilidade, uma boa capacidade de comunicação, honestidade, sinceridade, respeito e disponibilidade.
E… afaste-se pessoas que se relacionam de forma inadequada, agressiva de qualquer forma, intimidatória, impulsiva, contraditória ou que simplesmente não o/a valorize como merece.
Na posição dos terapeutas de casal, há pessoas, de ambos os sexos que possuem características muito difíceis de suportar e com as quais, a maioria dos parceiros não consegue conviver.
Não existem homens nem mulheres perfeitas, mas o percurso, as feridas que cada pessoa carrega, as mágoas, os desejos de vingança, a insensibilidade e até a educação, dão espaço a tipos de personalidade muito complexos e com os quais não conseguimos estar bem e ser felizes.
De um modo geral, devemos afastar-nos deste tipo de pessoas:
- Que não são de confiança
Pessoas incoerentes, que dizem uma coisa num determinado momento, mas que mudam rapidamente de opinião em função dos seus interesses ou circunstâncias, pessoas que não nos respeitam nas mais variadas situações pessoais e sociais, que não oferecem estabilidade, equilíbrio e momentos positivos, são efetivamente indivíduos que não devemos desejar para uma relação próxima.
- Pessoas que vão de um extremo ao outro
É verdade que devemos ser compreensivos e tentar entender que as pessoas passam por diversos momentos e flutuações, mas isso não pode traduzir algum tipo de abuso. Há pessoas que estão tão carregadas com os seus traumas que não apresentam qualquer tipo de capacidade e de disponibilidade para manter uma relação saudável. Dizem uma coisa, fazem outra completamente oposta e isso dá-nos instabilidade, medo e ansiedade, aspetos destrutivos de uma qualquer relação que se quer precisamente equilibrada e baseada em valores positivos. Muitas vezes, estas pessoas passam da ternura à agressividade e deixam-nos sem saber o que fazer precisamente porque não temos nem de aceitar, nem de alimentar qualquer proximidade baseada nesses comportamentos.
- Pessoas impulsivas
Apresentam-se de forma ambígua, sem um motivo ou razão aparente. Um dia enchem-nos de presentes, gestos carinhosos, declarações de amor, num ápice, tudo muda. Tornam-se violentas verbal ou fisicamente, desmentem o que prometem, não honram compromissos e daí por diante. Reagem sem pensar, sempre com base no “bateu/levou”, sem qualquer tipo de consideração ou controle. Não são uma boa companhia, muito menos um parceiro/a.
-Pessoas que mentem
Tal como as características anteriores, esta também é emocionalmente desgastante. São pessoas que não estão preparadas para viver uma relação com ninguém, mas por quem nos apaixonamos e criamos uma ilusão. Fazem-nos acreditar nas suas mentiras e com uma arte fora do comum. Enganam-nos com as situações mais simples e conseguem chegar às mais complexas, a ponto de não encontrarmos estabilidade em momento algum, estamos sempre assustados e sem saber o que pode acontecer porque, num momento é verdade que vamos jantar fora, mas em poucos minutos, a pessoa vai-se embora porque já tinha outro compromisso.
Também é comum que desminta o que afirma, que culpabilize os outros pelos seus erros e mentiras, que omita o que faz, que acuse o/a parceiro/a sem motivo e só para manter a sua imagem intacta, mas falsa. Engana quem tem ao seu lado, mas também quem o rodeia, é um vício, uma forma de estar que torna uma relação insuportável.
Note-se que as suas mentiras são tão elaboradas que, em muitos casos, se torna muito difícil de desmascarar estas pessoas. Um truque é observar e ouvir atenciosamente o que diz e a forma como se comporta com outras pessoas e acredite que, não terá motivos para se manter ao lado de alguém assim.
- Pessoas que o/a intimidam
São pessoas muito críticas que estão sempre descontentes consigo, que lhe apontam o dedo por tudo e mais alguma coisa, que não mostram compreensão, respeito e solidariedade. Condenam ferozmente uma pequena falha, mas raramente assumem um erro e uma imperfeição, porque acreditam não os cometer ou possuir.
Estas pessoas não estão dispostas a viver uma relação estável e duradoura, mas procuram uma companhia para o momento que lhes interessa. Podem ter dinheiro e poder e, por isso, acreditam que “podem comprar tudo”. Mostre-lhes que não é bem assim, que há limites e que não aceita participar numa relação com essas condições e com esse tipo de pessoa.
Registe ainda que, para estar com este tipo de pessoas, mais vale estar só e esperar que lhe surja alguém que realmente o/a mereça, pois estas características conduzem a relações tóxicas e a muito sofrimento.
Se está a passar por algum destes cenários, liberte-se o quanto antes, pois a sua saúde mental não tem preço. Caso ainda vá a tempo, não aceite envolver-se com alguém que, por muito que disfarce, demonstra pouca empatia, honestidade, capacidade de entendimento e de se ajustar a si. Afaste-se também de quem o/a queira controlar, mandar e não permitir que seja livre e tal e qual como é. Lembre-se de que, são pessoas perturbadas, que não possuem qualquer habilidade para manter uma relação, logo, não merecem o seu amor e entrega.