Política

PCP diz que é preciso "travar ciclo de degradação" do SNS no Algarve

 
A Direção da Organização Regional do Algarve do PCP, diz que a degradação do Serviço Nacional de Saúde na região mantém-se, com novos encerramentos do serviço de Obstetrícia e o bloco de partos do Hospital de Portimão, desta vez por longos períodos de tempo (em agosto pode chegar a mais de 15 dias).

Em comunicado, o partido critica o facto da situação arrastar-se "sem que o governo PSD/CDS apresente qualquer solução no sentido de resolver o gravíssimo problema, sacudindo responsabilidades e apresentando medidas que não são eficazes ou são desajustadas no tempo urgente que é preciso responder".
 
O PCP reflete um caso, que diz representar o "inqualificável quadro que se vive no Algarve, que foi o nascimento esta semana de um bebé numa ambulância a caminho de Faro, sendo que a origem do transporte foi precisamente o concelho de Portimão, que foram obrigados a fazer 70 quilómetros devido ao encerramento da maternidade do Hospital de Portimão".
 
"A questão que se coloca hoje aos utentes e aos profissionais de saúde é travar este ciclo de enfraquecimento e degradação do SNS e com a sua luta impedir que se continue a transferir milhões de euros para os grupos económicos privados da saúde em vez de serem utilizados no necessário reforço e valorização do serviço público", reivindicam os comunistas. 
 
O PCP refere que esteve presente e manifestou solidariedade aos enfermeiros algarvios, que estão em greve até esta sexta-feira, (22 e 23 agosto) e que através do seu sindicato de classe o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, realizaram uma ação no Hospital de Faro de denúncia da falta de 1000 enfermeiros na região e de exigência de melhores condições de trabalho, remuneratórias, de horários e de soluções para o SNS.