O PCP refere que é "com grande preocupação que tem acompanhado todo um caminho feito, desde há muitos anos", que visa o encerramento de serviços e unidades do Hospital de Portimão no que respeita a cuidados de pediatria, a partos, assistência a grávidas, a mães, bebés e crianças.
A informação do fecho do serviço de Pediatria e da maternidade do Hospital de Portimão, merece a mais veemente reprovação do PCP, regista em comunicado.
O partido refere estar em marcha "a destruição e desmantelamento" de serviços públicos de saúde no Algarve em geral e no Barlavento em particular, criticando a possibilidade de "toda uma zona da região ficar sem esses cuidados e serviços, restando a solução do Hospital de Faro, com distâncias que chegam a ser superiores a mais de 100 quilómetros e 2 horas de tempo de viagem. Trata-se de um inaceitável retrocesso no acesso aos cuidados de saúde maternos, de crianças e das suas famílias", considera.
Ao mesmo tempo, os comunistas explicam que o Governo "esconde-se atrás da Direção Executiva do SNS e das suas decisões baseadas em 'estudos e planos operativos', que tem seguido uma política de favorecimento dos grupos privados e que fazem da doença o seu negócio e do bolso dos algarvios o seu rendimento seguro".
A degradação do Serviço Nacional de Saúde e a falta de recursos humanos no Hospital de Portimão, particularmente nos serviços de urgência de pediatria, obstetrícia e ginecologia que têm sido frequentemente denunciadas ao longo de anos, "já podiam estar solucionados se assim houvesse vontade política para tal. Uma degradação que vem desde os governos PSD e CDS e que o PS também não impediu", justifica o PCP no documento publicado.
A solução segundo o partido, passa pelo reforço do Serviço Nacional de Saúde, através de um investimento "sério e efetivo nas suas valências", que passa pela contratação de mais profissionais, bem como pela valorização das suas carreiras.