Política

PCP defende que recolha de recicláveis no Algarve passe para a esfera pública

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O PCP entende que a acumulação de lixo nos ecopontos no Algarve "dá uma imagem degradante para a região e perigosa para as populações e a sua qualidade de vida".

Para os comunistas, a situação "confirma que a privatização da Algar é contrária aos interesses das populações e apenas serve os interesses dos grupos económicos que acumulam lucros com essa atividade, desprezando o serviço público e as necessidades das populações", registam em comunicado. O partido diz que "não é admissível" que sejam as autarquias a substituir-se à Algar no cumprimento das suas responsabilidades.
 
No comunicado enviado à comunicação social, lê-se que "as graves insuficiências na recolha de resíduos recicláveis que com frequência se repetem, em especial nesta época de verão com o grande aumento de população no Algarve, não podem ficar sem consequências".
 
O partido recorda que a recolha e gestão de resíduos recicláveis, tal como o tratamento e deposição dos resíduos sólidos urbanos na região, foi concessionada a privados em 1995 e está privatizada desde 2014, em consequência do processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), e culpa o PS, PSD e CDS por essas decisões, "que têm causado prejuízos para o Algarve e para os algarvios". 
 
O PCP entende que só a gestão pública do setor está em condições de garantir as condições e investimento necessários, de forma a responder às necessidades das populações "que têm direito a uma adequada recolha, gestão e tratamento dos resíduos e ao correspondente serviço público de qualidade". Para tal, "a solução que se impõe é a reversão da privatização da Algar e a recuperação do controlo público da empresa, acompanhada das medidas correspondentes em todo o setor da recolha e tratamento de resíduos urbanos, a par da realização dos investimentos necessários à prossecução dos objetivos nacionais e regionais para a gestão de resíduos, salvaguardando o ambiente e a qualidade de vida das populações e garantindo a efetiva prestação de serviço público de qualidade", considera.