Política

PCP assinala 11 anos de "luta" pelo fim das portagens na Via do Infante

 
O PCP lembra que, assinalam-se hoje, 11 anos de portagens na Via do Infante "impostas" pelo Governo PS/Sócrates.

O partido critica que a decisão confirmada por sucessivos governos do PSD/CDS e do PS, "prejudicou gravemente a região, constituindo-se como um factor de extorsão da riqueza produzida na região, por parte do grupo económico que ficou com a concessão desta autoestrada".
 
Os comunistas entendem que as portagens no Algarve, foram um factor de atraso no desenvolvimento da região, de agravamento da sinistralidade (parte do tráfego foi desviado para a EN125), de perda de competitividade por parte das empresas e de empobrecimento das populações. 
 
O PCP refere que o facto desta auto-estrada ter sido construída com dinheiros públicos, a mesma, "está ao serviço da acumulação privada – com a visível degradação do piso". Pela "intensa luta que foi desenvolvida, obrigou os últimos Governos do PS a reduzirem o valor das portagens, como aliás ficou consagrado no Orçamento do Estado para 2021, em que a redução para 50% do valor das portagens foi imposta contra a vontade do PS", explica.
 
Apesar de o PCP confirmar alguns avanços nesta matéria, não foi suficiente para resolver em "definitivo este problema". Os comunistas referem-se por exemplo às propostas apresentas, no sentido da abolição imediata das portagens, criticando a posição do PS e PSD que "opuseram-se sempre à sua eliminação, como aliás voltou a acontecer no passado mês de novembro com a rejeição da proposta do PCP apresentada no debate do Orçamento do Estado para 2023". 
 
Aos defensores das Parcerias Público Privadas, como de resto consta na proposta para a construção do Hospital Central do Algarve, o PCP convida "a porem os olhos na Via do Infante ou na EN 125, cujas obras estão paradas apesar do Estado Português continuar a pagar dezenas de milhões de euros à concessionária. Parcerias que na prática garantem rendas ao capital ao mesmo tempo que promovem o esbulho de recursos públicos".
 
O partido chama ainda a atenção para a possibilidade, caso não sejam tomadas medidas, de, a partir de 1 de janeiro o preço das portagens, seja na Via do Infante, seja na A2, poder subir consideravelmente. Nesse sentido, promete lutar para que sejam abolidas a portagens na Via do Infante e resgatada a concessão; pela requalificação na EN 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António e pela limitação da atualização do preço das portagens no valor máximo de 1% em todo País em 2023.