O PAN Algarve manifesta «sérias preocupações» em relação à exclusão do Algarve na nova política de passes ferroviários implementada pelo governo.
Conforme revela o partido em comunicado, a partir de 1 de agosto, entra em vigor uma iniciativa que permitirá viagens de comboio regionais em todo o País por um valor fixo de 49 euros, ficando o Algarve isolado devido à falta de ligações com outras zonas do País.
Rosa de Sousa, membro da comissão política distrital do PAN Algarve, diz lamentar a exclusão da região no novo passe ferroviário. «A ausência de comboios regionais entre o Algarve e outras regiões como Alentejo e Lisboa, dá-nos a sensação de que o sul do País é negligenciado em diversos aspetos. Além disso, aproveito também para destacar que, apesar das promessas feitas há muitos anos, nenhum esforço foi empreendido para estabelecer uma ligação ferroviária entre o Algarve e o sul de Espanha, e não há indicações de que isso seja cumprido nos próximos anos», argumenta.
O PAN diz ter interpelado diretamente a administração da CP- Comboios de Portugal, para que fosse feita uma revisão da situação, que incluisse novas conexões no passe ferroviário em questão, de forma a permitir maior mobilidade para quem reside ou visita o Algarve.
Como uma possível solução para ultrapassar o problema, Rosa de Sousa acrescenta que, em áreas sem conexões regionais, o novo passe seja alargado a viagens dos comboios Intercidades. «A proposta segue o modelo adotado nas SCUTS, onde, na ausência de alternativas de estradas regionais, os trajetos são isentos de portagens», defende.
Para o partido, esta solução garantiria que os residentes e visitantes do Algarve tivessem acesso a opções de transporte «mais acessíveis e eficientes», assegurando uma conexão adequada com outras zonas do País. O PAN Algarve acredita que a inclusão da região no novo passe, por meio de conexões Intercidades, representaria um passo significativo para atender às necessidades de mobilidade dos cidadãos.
Acrescenta ainda que, por via da sua deputada na Assembleia da República, Inês de Sousa Real, o governo será interpelado sobre esta questão, de forma a tornar o passe ferroviário numa medida útil para todos os portugueses.