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Pais que cometem estes 5 erros não educam bem os filhos

Pais que cometem estes 5 erros não educam bem os filhos
Pais que cometem estes 5 erros não educam bem os filhos  
Foto - Freepik
Os especialistas na área da psicologia listaram 5 erros que muitos pais cometem na educação dos filhos e que podem dificultar a relação. Confira-os.

1) Não impor limites
 
É crucial que uma criança se desenvolva num ambiente onde os limites são estabelecidos para que também aprenda a ser cumpridora de regras e para que saiba respeitar os outros e lidar com as frustrações.
 
Para tal, os pais devem definir horários para as mais variadas tarefas e cumprirem-nos tanto com exigência, como com o seu exemplo. Ao mesmo tempo, não devem permitir que a criança se lhes dirija de forma incorreta, agressiva, seja verbal ou fisicamente e ainda menos que grite com os adultos, evidenciam os entendidos.
 
As regras são para cumprir tal como o respeito é a base de uma qualquer relação, sublinham os entendidos acrescentando que, uma criança que cresce num ambiente com regras, aceita muito melhor a negação de algo e sofre muito menos. No entanto, é fundamental que se expliquem essas normas e linhas de orientação para que os mais novos compreendam exatamente o que se pretende e para que se desenvolvam de uma forma mais sadia.
 
2) Desvalorizar sentimentos
 
Muitos pais desvalorizam os sentimentos da criança ou jovem porque consideram que se trata de uma fase passageira, de algo sem importância e que não precisa de envolver grande empenho, contudo, os mais novos sofrem muito com esse desinteresse e, em muitos casos, acabam por se ver sozinhos, por ter de recorrer a outras pessoas que nem sempre lhes dão o melhor acolhimento e compreensão, por isso, é essencial que se converse diariamente com os filhos, que se tente perceber o que se passa com eles, que se dê atenção, apoio, carinho e amor e que se mostre disponibilidade para estar presente, sob pena de os mais novos entrarem em caminhos complicados e os pais de nada saberem, alertam os especialistas.
 
3) Falta de consenso entre os pais
 
Este é um erro comum que os pais cometem na educação dos filhos porque pensam de forma diferente e, em muitos casos, discutem à frente da criança o que instala uma enorme confusão e faz com que  os mais novos acabem por fazer “o que lhes dá mais jeito” e da maneira como podem tirar mais partido dessa discordância dos adultos.
 
É fundamental que os pais reservem um tempo diário para conversar, que estabeleçam consensos e um modelo mais adequado em que ambos estejam de acordo para que a sua mensagem seja mais eficaz e direcionada ao que pretendem que, no fundo, é educar da melhor forma possível.
 
 4) Não cumprir o prometido
 
A confiança é uma das bases de todas as relações, e também se aplica  à convivência entre pais e filhos. Se os adultos prometem algo devem cumpri-lo ou, caso não o possam, devem explicar aos mais novos a razão pela qual não podem brincar naquele horário, mas estabelecer outro e cumpri-lo, explicar o motivo que os impede de viajar, como por exemplo a falta de dinheiro, ou a razão pela qual não lhe podem comprar um determinado objeto. Este aspeto é muito importante para construir essa confiança, mas também para evitar que os filhos cresçam sem a ideia de compromisso que é crucial para o desenvolvimento de relações fortes e saudáveis no futuro.
 
Pais que constroem uma relação de confiança sabem que podem contar com o mesmo valor por parte dos mais novos e que a sua relação será baseada na cumplicidade e na sinceridade, pelo contrário, quem falta ao prometido sem dar uma explicação, acaba por não conseguir desenvolver uma convivência saudável e positiva e por colher mentiras, conflitos e mal-estar permanente porque não há respeito e não se honra a palavra, advertem os psicólogos.
 
5) Negligenciar tempo
 
Na posição dos especialistas, este é um dos erros que mais afeta o desenvolvimento das crianças e que as vai acompanhar pela vida fora. O facto de os adultos não se organizarem de modo a que possam dar um tempo diário de qualidade aos filhos faz com que os mais novos se sintam completamente à deriva, sozinhos, carentes e sempre à procura de alguém que lhes preencha um vazio enorme, o que lhes prejudica muito a autoestima e a autoconfiança e que faz a diferença entre pessoas seguras e felizes e instáveis e infelizes aos mais variados níveis.
 
Para que possam sustentar a casa, os pais acabam por trabalhar cada vez mais horas e os filhos permanecem em centros de explicações ou de ocupação de tempos livres a acumular tarefas. Na posição dos entendidos, como os adultos são a maior referência na vida das crianças, a sua ausência acaba por deixá-las sem um rumo, sem uma orientação, o que as leva a uma grande vulnerabilidade e a uma educação pouco baseada nos valores e nos sentimentos familiares.
 
As crianças e jovens que passam muito tempo sem os pais acabam por dedicar-se mais às tecnologias, aos colegas e a outras formas de ocupação do tempo livre que, nem sempre são as mais adequadas, o que cria uma enorme distância entre pais e filhos e coloca em causa os sentimentos entre ambos. Para compensar a ausência, muitos pais acabam por comprar-lhes presentes e por instituir-lhes a ideia de que tudo se paga, levando a que os mais novos não desenvolvam também a gratidão e o reconhecimento do esforço dos pais, completam os psicólogos alertando que, essa ausência também pode levar o jovem para caminhos menos positivos e saudáveis.
 
É verdade que os pais tentam educar da melhor forma possível, dar o que podem aos mais novos, mas priorizar o tempo, o facto de estarem mais presentes e disponíveis para conversar, para brincar, para passear é a base para uma convivência plena e que “vale a pena”, pois é do futuro dos mais novos que se trata e os pais têm uma enorme responsabilidade nesse aspeto.
 
Para uma criança ou jovem é mais importante ter menos brinquedos e equipamentos tecnológicos do que a presença diária dos pais, a sua atenção, interesse e afeto, lembram os psicólogos, por isso, “reformule o seu modelo  e valorize o “ter menos” e o “ser mais”, concluem.