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Os 5 inimigos de uma relação

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É difícil entender a razão pela qual o amor nasce e cresce, mas nem sempre é duradouro.

Segundo os terapeutas de casal, muito mais do que iniciarmos um namoro ou casamento, é fundamental assumirmos que temos de dedicar-nos à pessoa que faz parte da nossa vida, respeitá-la, assumir um compromisso, uma boa amizade e uma comunicação fluida e capaz de abordar todos os assuntos em liberdade.
 
É imperioso aceitarmos o outro tal como ele é, ao mesmo tempo em que também gostamos de nós e aceitamos as nossas diferenças e características.
 
É essencial retermos que, uma relação requer empenho, esforço, resiliência e muita disponibilidade para encontrar concensos, sob pena de duas pessoas distintas não conseguirem partilhar uma vida em comum.
 
Depois, o amor tem de ser alimentado e, para isso, tem de existir criatividade, desejo e entusiasmo a par dos “ingredientes” elementares que descrevemos acima.
 
Pelo contrário, existem 5 inimigos deste tipo de relação que se quer de entrega, satisfação, alegria, entusiasmo e que se prolongue no tempo, são eles:
 
-os ciúmes, a rotina, a posse e a mentira, a infidelidade e as críticas, queixas e reclamações.
 
Os terapeutas de casal evidenciam que, os ciúmes excessivos destroem uma relação porque se perde a capacidade de respeitar e de olhar o outro tal como ele é e, pela necessidade de o possuir, de o controlar, a pessoa ciumenta esquece-se de que se trata de um ser humano, com as suas qualidades positivas e negativas e encara-o como um objeto.
 
É evidente que não há amor sem “uma pitada”de ciúme porque todos queremos manter uma relação e protegê-la do exterior, mas esse desejo tem de ser doseado e sempre numa perspetiva de respeito por nós mesmos e pelo outro.
 
Relativamente à rotina, é fácil que a convivência a dois entre num círculo vicioso como garantia de confiança e de estabilidade, mas aos poucos, ocorre uma habituação tão grande que compromete a criatividade e o desejo. Assim, é importante que o casal procure fazer coisas novas, falar de assuntos diferentes, ir a novos locais e que se mostre na sua individualidade, pois é quando queremos o outro à nossa maneira e até somos capazes de lhe prever os comportamentos que estamos a entrar nessa vida rotineira e menos interessante. Ambos devem dar largas à imaginação nas mais variadas áreas de vida para que se sintam a fazer algo novo, sob pena de o amor se desgastar, alertam os especialistas.
 
No que se refere à posse e à mentira, estas estão de mãos dadas porque alguém que engana o outro é porque se considera superior a ele, é porque acha que ele não merece a sua consideração, respeito e valor e, por isso, até se diverte quando sente que o outro não consegue desmascará-lo. Esta condição arrasa com o amor que precisa de estabilidade e confiança para que se liberte e cresça, pelo que se deve investir na abertura, na honestidade, na sinceridade que se projeta no prazer de estar com o outro e não em enganá-lo, de o querer só para si e ainda menos que o manipule como é muito recorrente nas pessoas mentirosas que não são capazes de respeitar o outro tal como ele é e merece, sublinham.
 
Na mesma sequência, a infidelidade faz com que o amor termine porque, por muito que o outro tente entender e perdoar, nunca mais se vai esquecer do sucedido e voltar a confiar. Na maioria dos casos, é preferível colocar um ponto final na relação quando se assume que não se consegue esquecer a traição do que alimentar uma vida sem amor e baseada em muito sofrimento. Não nos esqueçamos também que, esta é a pior arma para destruir uma relação e de um momento para o outro porque ninguém está à espera de se dedicar a alguém e de essa pessoa o trair. A infidelidade não só acaba com uma relação como destrói a autoestima de quem é traído e não deixa indiferente quem comete a infidelidade, por isso, devemos pensar muito bem antes de entrarmos numa aventura e nas consequências desse ato irrefltido que pode já não ter volta a dar.
 
No que diz respeito às críticas, queixas e reclamações,  com o passar dos anos em conjunto, são muitos os casais que perdem o respeito um pelo outro e que dizem tudo o que lhes passa pela cabeça. Criticam destrutivamente o outro, não apoiam, não tentam compreender, não confortam e tudo passa a ser um motivo para uma discussão ou desacordo. São também muitos os relatos que dizem não suportar o parceiro porque este reclama de tudo, não se entusiasma ou motiva por nada, perdeu a criatividade, o desejo e a vontade de fazer coisas novas e acaba por estar sempre contra tudo e sem espaço para ouvir ou conversar. Muitos parceiros amorosos também revelam que o amor se perdeu porque o outro queixa-se em demasia, não faz nada para melhorar uma situação e está sempre aborrecido ou zangado, de mau humor e sem paciência. Naturalmente que ninguém é obrigado a aceitar estes comportamentos e estados de espírito que arruínam um casamento, mas deve-se tentar compreender o que se passa para poder ajudar quem não está bem, alertam os entendidos.
 
Manter o amor vivo numa relação requer a habilidade de olhar o outro com respeito, carinho e consideração, por muito que os anos passem. Quando se perde esta capacidade é porque deixamos que a vida nos sufocasse e nos retirasse o brilho e o prazer de estar ao lado de alguém. Em muitos casos, os problemas mal esclarecidos, pouco ou nada conversados, a desconfiança e até algumas patologias mentais podem dar lugar a este tipo de condição, pelo que se deve pedir ajuda especializada, no caso, um psicólogo, evidenciam os terapeutas.
 
Por fim, devemos registar que, quem quer manter uma relação saudável tem de reinventar-se diariamente e ser também uma pessoa mental e emocionalmente saudável. Precisamos de cuidar de nós com carinho, de ter um espaço para ouvir o nosso eu interior, para escrever o que sentimos e para pensar no que queremos. Depois, devemos fazer essa abordagem com quem amamos: falar abertamente, revelar o que nos preocupa, que nos motiva e entusiasma e, em conjunto, tentarmos encontrar o mais possível a recetividade, o carinho, o conforto e a compreensão do outro.
 
Devemos igualmente mostrar a nossa vulnerabilidade, já que essa é uma chave importante para aproximar as pessoas e para manter vivos os sentimentos, concluem os terapeutas de casal, lembrando que, em qualquer momento, se pode pedir ajuda para melhorar a saúde emocional e do par amoroso.