Economia

Orçamento da Câmara de Faro para 2023 ronda os 67 milhões de euros, mais 10 milhões do que em 2022

As Grandes Opções do Plano (GOP) e o Orçamento e Plano Orçamental Plurianual para a Câmara Municipal de Faro (CMF), no valor de 66.972 387 euros (mais 10,3 milhões de euros do que em 2022), foram aprovados em reunião da Assembleia Municipal, no dia 16 de dezembro, com os votos a favor de PSD, CDS, IL, MPT, PPM e Chega, e as abstenções de PS, CDU, BE e PAN.

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Segundo regista o município em comunicado, num ano em se perspetiva uma quebra de rendimentos das famílias e empresas, devido à inflação, a autarquia refere que "segue a sua aposta em investimentos que possam, precisamente, ser mais vocacionados para o apoio aos agregados familiares".
 
Entre as medidas previstas no documento agora aprovado, consta a manutenção do IMI em 0,35%, a isenção da taxa de derrama para empresas com um volume de negócios inferior a 150.000€ e um investimento na área da Habitação Social, com financiamento do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), nomeadamente através da construção de 22 fogos na Rua Ludovico Menezes (Faro) e de 49 fogos na Rua Soldado Ferrer (Montenegro).
 
Além destes investimentos, o concelho espera finalizar algumas empreitadas, como as do Centro Cultural da Bordeira, da Mata do Liceu ou do Centro de Recolha Oficial.
 
Simultaneamente, a autarquia anuncia novos investimentos e obras "estruturantes para o concelho", nomeadamente a construção Escola E.B.1/JI Afonso III, a conclusão da Avenida Mário Lyster Franco e a ponte de acesso à Praia de Faro. Ao todo, o valor inscrito no orçamento para investimento no concelho ascende a 19.028.167 euros.
 
O autarca farense reforça que este instrumento de gestão está “dotado de alguma flexibilidade, necessária, para permitir colmatar a imprevisibilidade associada à subida de preços, de que são exemplo os custos da energia e combustíveis, que colocam algumas barreiras e não permitem margem para a inscrição de novos projetos ambiciosos, que muito gostávamos de ver refletidos”. 
 
O presidente do Município destaca, igualmente, a importância que terão as novas competências nas áreas da saúde e da ação social, que “procuraremos conhecer, de modo a ultrapassar dificuldades, na expetativa de honrar a confiança depositada”. Ainda assim, o edil considera que o orçamento traça “uma visão de mudança para a cidade”, com a existência de diversos projetos em estudo para a frente ribeirinha, que, "tornarão Faro e o concelho pontos de referência no Algarve para o investimento privado, aumentando a capacidade de fixação de população e deverão gerar fontes de receita essenciais para manter o equilíbrio necessário ao investimento em áreas como a educação, a habitação, o desporto, a cultura e o lazer”.