O senso comum sabe que, um psicopata é uma pessoa fria e calculista, que não tem sentimentos e que é capaz de cometer um conjunto de atos que seriam impensáveis para a maioria da população, talvez não saiba é que, afinal eles sentem, fazem-no é de maneira muito própria.
É por essa razão que, estes indivíduos despertam tanto interesse; é porque a maioria das pessoas não consegue compreender a razão pela qual alguém é capaz de instalar o terror na vida dos seus familiares, amigos e na comunidade onde está inserido.
Segundo o Jornal Ciência, é interessante saber que, todos temos um pouco de psicopatas, isto porque “a psicopatia é um espectro e, de certa forma, todos estamos dentre dele”. Qualquer um de nós, num qualquer momento de vida é capaz de não se sentir arrependido por algo que fez de menos correto, ou sentir-se livre de culpas quando provavelmente é responsável por qualquer situação.
Certamente que já viveu situações em que não conseguiu sentir empatia por alguém e, até já foi capaz de seduzir outra pessoa para ter o que queria. Todos nós já assumimos riscos e já demonstramos que não temos medo de algo quando julgávamos ter, pelo que todos nos podemos encaixar neste espectro de psicopatia, o que não quer dizer que desenvolvamos essas características, mas sim que temos de estar atentos para não perdermos os nossos valores e limites, já que, é fácil alimentar esses traços ao longo da vida e mediante as circunstâncias mais ou menos desfavoráveis.
A mesma fonte faz saber que, “os psicopatas nem sempre são psicóticos” e acabam por utilizar os seus recursos para serem produtivos na comunidade em que estão inseridos. A ausência de medo, a falta de emoções e de ansiedade, ajuda-os a estarem calmos nas situações mais assustadoras. É como se estivessem protegidos por um escudo, em que nada os afeta. Essa característica faz com que estejam muito bem em determinadas profissões que acarretam riscos e que podem assustar a maioria das pessoas.
É interessante saber que, as mulheres psicopatas têm características distintas das dos homens. Apesar dos muitos aspetos semelhantes, muitos estudos demonstram que as mulheres psicopatas são mais propensas às emoções, à ansiedade e à promiscuidade. O Jornal de Ciência refere psicólogos que argumentam que, a psicopatia no feminino é, muitas vezes diagnosticada como Transtorno Limítrofe – que se caracteriza por emoções mal reguladas reações impulsivas e explosões de raiva. Os estudos demonstram ser essa uma das razões pelas quais existem menos diagnósticos de mulheres com psicopatia.
Um outro ponto assinalado pelo Jornal Ciência dá conta de que, “os psicopatas têm sentimentos”, simplesmente não são os mesmos que a maioria das pessoas. Os psicopatas não sentem ansiedade, medo e tristeza, mas sentem alegria, felicidade, surpresa e nojo.
Quando são provocados, os psicopatas sentem raiva e frustração quando não conseguem alcançar os seus objetivos. Por essa razão, não se pode dizer que um psicopata não tem emoções, simplesmente vive-as de forma diferente e muito particular. Assim sendo, qualquer pessoa é capaz de ferir os sentimentos de um psicopata, mas não com os mesmos argumentos que poderiam magoar uma pessoa sem este espectro.
É de anotar que, 1% da população mundial sofre de psicopatia, razão pela qual, qualquer pessoa vai ter de se cruzar com pelo menos 15 psicopatas ao longo da vida. Quer isso dizer que, todos temos de saber do que se trata e qual a melhor forma de nos protegermos de quem parece insensível a tudo e capaz de enfrentar todos sem nunca expressar medo ou arrependimento pelo que faz.
Fátima Fernandes