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O que escondem as pessoas que dizem “saber tudo”?

O que escondem as pessoas que dizem “saber tudo”?
O que escondem as pessoas que dizem “saber tudo”?  
Foto - Freepik
Encontramo-las na família, nos grupos sociais ou no trabalho e, efetivamente, é muito difícil conviver com elas.

As pessoas que dizem “saber tudo” escondem-se atrás da violência, da arrogância e da superioridade para camuflar a ignorância.

Comportam-se como alguém que está sempre pronto para o conflito, que quer desafiar os outros para “uma guerra” porque simplesmente não desenvolveram habilidades que lhe permitam respeitar os demais e tratá-los com cordialidade.

Sentam-se à mesa num jantar e gabam-se daquilo que sabem e do que desconhecem, mas que querem fazer crer que são “mestres”, escondem os erros que cometem no trabalho desculpando-se com colegas, agridem quando não possuem argumentos para convencer os outros e daí por diante.

São profundamente inflexíveis, não admitem desconhecimento e ainda menos aceitam ou valorizam a sabedoria de outrem porque querem estar no topo e continuar a acreditar que sabem tudo.

Por norma entendem até à exaustão de um assunto e usam esse saber para ser o centro das atenções em todos os contextos em que participam, não possuindo capacidade para admitir que, nem tudo o que se conhece é adaptado ao grupo e ao local em que estamos. Como querem proteger-se da ignorância, apresentam uma postura defensiva e pronta a disparar para todos os lados, pois não querem permitir que alguém os confronte com a sua desadequação à ocasião e são muito teimosas precisamente pelo mesmo motivo, pois não ouvem para não ter de admitir o desconhecimento.

Na realidade e, partindo do princípio de que é muito complexa a tarefa de conviver e de trabalhar com este tipo de pessoas, quem precisa de as ter por perto terá de desenvolver algumas habilidades valiosas para evitar prejudicar-se e causar danos na sua profissão, por isso, os especialistas nesta matéria recomendam que se frequentem ações de formação específicas para aprender técnicas quando temos mesmo de trabalhar com pessoas com tais características.

No caso da família, também ajuda muito diminuir a frequência dos contactos para evitar discussões e até agressividade e, quando não há volta a dar, o segredo é ausentar-se e no primeiro caso, mudar de emprego sabendo que a saúde física e mental vão beneficiar muito com essa decisão, completam os entendidos.

Não menos importante é saber como se comportam estas pessoas para que melhor possa orientar as suas escolhas e a melhor forma de lidar com elas:

• consideram apenas a própria opinião;

• não ouvem o outro;

• não modificam as suas teorias e conceitos e não admitem um erro;

• não respeitam os outros e são indelicadas;

• não possuem inteligência emocional nem autocontrole;

• acham que estão sempre certas, que têm sempre razão e que os outros “não sabem nada”.

Para melhorar a convivência com este tipo de pessoas desenvolva:

- a empatia. Tente entender os motivos pelos quais a pessoa reage assim e não alimente o conflito ou discussão;

- não aceite e não alimente provocações. Às vezes, mais vale sair do local delicadamente e não responder, pois isso não é fraqueza, é inteligência;

- ouça o que a pessoa tem a dizer, uma vez que isso vai deixá-la mais calma e depois, apresente o seu ponto de vista mesmo sabendo que poderá não surtir efeito. Também pode ouvir e sair cordialmente do local, pois nem sempre existe uma resposta para quem julga saber tudo;

- não enfatize as caraterísticas negativas da pessoa já que isso vai irritá-la e descontrolá-la ainda mais;

- aproveite o que pode aprender com uma pessoa com tais características: acima de tudo aquilo que não quer imitar e valorize-se pela pessoa que é.

- seja educado, cordial e aplique a sua inteligência emocional, uma vez que, ao sentir-se valorizada, a pessoa que diz saber tudo acaba por perceber que ninguém ganhou ou perdeu a batalha e acalma-se. Nesse momento, pode ser possível conversar sobre o assunto que têm que resolver.

Segundo os psicólogos entendidos nesta matéria, é fundamental desenvolver uma boa inteligência emocional, o que está diretamente ligado a uma boa autoestima e a uma relação positiva para connosco próprios, pois ninguém consegue dar o seu melhor, ser paciente, empático, compreensivo e dialogante se não se sentir bem consigo mesmo.

Registe ainda que, há situações em que não vale a pena dedicar muito tempo a “causas perdidas” e que essa energia lhe será muito útil para relações mais positivas e agradáveis, por isso, quando não tiver mesmo de alimentar a presença de pessoas tóxicas na sua vida, afaste-se, uma vez que, na maioria dos casos, é a melhor solução para evitar conflitos recorrentes. Procure pessoas que o entendam e respeitem e devolva os mesmos valores.