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O que a minha casa diz sobre mim?

O que a minha casa diz sobre mim?
O que a minha casa diz sobre mim?  
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Segundo os especialistas na área da psicologia, a nossa casa revela muito acerca da nossa saúde mental e qualidade de vida.

Se no passado pensávamos que, mostrar uma casa grande, bonita e bem arrumada era suficiente para transmitirmos uma imagem positiva a nosso respeito, atualmente sabe-se que, o estado em que a nossa moradia se encontra demonstra a qualidade da nossa mente e, acima de tudo, da relação que temos conosco próprios.
 
Uma pessoa que até se veste bem, que usa bons perfumes, que cuida da sua aparência, que exibe um bom carro e que tenta mostrar um sorriso, pode desvendar-se quando mostra o lar onde vive, tal como uma pessoa mais desligada da sua aparência, mas que apresenta uma casa organizada. Para saber mais acerca deste assunto, registe o que os entendidos dizem sobre a arrumação da casa e avalie até que ponto se identifica com uma ou outra característica.
 

1. Uma casa desarrumada

Uma pessoa que não cuida da casa, que deixa acumular objetos um pouco por toda a parte, que também não faz a cama diariamente, que não limpa o pó, que deixa arrastar louça para lavar, amontoa roupa no chão, na caixa de roupa ou mesmo dentro da máquina, é alguém que se esqueceu de si mesma. A sua casa reflete o autoabandono em que vive, denunciando apatia, tristeza, falta de motivação e de força interior. Apesar de a pessoa tentar transmitir uma imagem positiva a seu respeito com algum cuidado na sua aparência, a casa acaba por denunciar uma mente triste, esquecida de si mesma e a precisar de mais atenção.
 

2. Uma casa impecavelmente arrumada

Este tipo de habitação reflete uma pessoa que faz de tudo para ter a casa impecável, em muitos casos, não tanto por estar feliz, por ser organizada ou realizada, mas para que os outros a vejam assim, para que possa transmitir uma impressão positiva de si mesma, dar um exemplo que lhe permita criticar os demais porque se considera superior e, acima de tudo, esconder uma personalidade controladora e possessiva. Estas pessoas precisam de um pouco mais de abertura mental e de encarar a casa como um local de privacidade, mas também de descontração, de proteção e de refúgio. O facto de terem a casa como “um modelo” e até exibirem peças de arte valiosas, dá lugar a uma personalidade inflexível, pouco dada a mudanças, sem espaço para aprender algo novo e a precisar de ajuda, pois vivem presas dentro de si mesmas.
 

3. Uma casa com muitos objetos acumulados

Muitas vezes, os proprietários destas casas já não têm espaço para acomodar mais objetos porque em todo o lado, há uma peça arrumada. As pessoas são organizadas, mas têm um medo tão grande dentro de si que acabam por acumular objetos em todos os espaços do lar como forma de se sentirem mais seguras, capazes de controlar tudo, de combater os medos e, ao mesmo tempo, de se sentirem ricas e poderosas. É comum que, por exemplo, a casa de banho esteja repleta de utensílios de maquilhagem, de produtos de limpeza ou outros, que o seu quarto esteja com as gavetas e as prateleiras lotadas de objetos e daí por diante. Estas pessoas são muito medrosas, inseguras e instáveis e usam estes artifícios para esconderem um enorme vazio interior que, naturalmente, não se preenche com tudo o que acumulam e que precisa de ser trabalhado para que seja ultrapassado.
 

4. Uma casa quase vazia

Há pessoas que poupam na decoração da casa, que não colocam quadros nas paredes, almofadas nos sofás ou tapetes no chão. Pode acontecer que não se sintam bem num espaço muito decorado, mas acabam por viver num espaço tão vazio que fica pouco acolhedor, frio e formal. Segundo a ciência, estas pessoas, tal como as demais, refletem na casa o que realmente sentem e a fase de vida que estão a atravessar e, neste caso, denunciam um vazio enorme, uma carência muito grande, seja de amor, de companhia, de diálogo, de entrega, de convívio ou o mais importante, de encontrarem o seu valor de vida e um propósito para se erguerem diariamente, sorrir para a vida, construir algo e desenvolver aquilo em que se acredita. Estas pessoas precisam de encontrar um sentido para a sua vida, dar uma forma à sua criatividade e zelar pelo seu bem-estar. Precisam de ir ao fundo de si mesmas e valorizarem-se.
 

5. Pessoas que escondem o lixo debaixo do tapete

Há pessoas cuja casa, à primeira vista, está impecável, limpa e arrumada, mas que, quando se abre um armário, cai tudo. Pessoas que deixam acumular lixo debaixo dos tapetes, cujos armários estão atolados de objetos e pó, mas que se esquecem de mexer, de limpar e de arrumar esses cantos. Mais uma vez, a casa revela muito acerca da sua mente. Estas pessoas aparentam estar bem, ter tudo sob controle, mas na realidade, escondem muito sofrimento e apatia, pois não sentem vontade de olhar para si mesmas, de ir ao fundo dos seus problemas, de organizarem-se e de mudar algo que não está bem e, isso reflete-se na casa, na forma como escondem as tristezas e as dores.
 
Com esta descrição percebemos que, efetivamente, a nossa casa é o espelho das nossas energias, das nossas emoções, da fase de vida que estamos a atravessar, mas também daquilo que poderíamos fazer para melhorar e que insistimos em não concretizar, muitas vezes por falta de força, de motivação e de coragem.
 
Registe que, organizar e limpar a casa, faz bem à mente, faz bem ao corpo e melhora as relações que se vivem dentro desse espaço. Cuidar da casa é o primeiro passo para também zelarmos pelo nosso bem-estar. Limpar e organizar a casa reflete-se em tudo: na forma como acordamos de manhã, como vamos trabalhar, na motivação que temos para viver, para amar e manter uma relação feliz com aqueles de que gostamos. Uma pessoa que tem a casa arrumada, sai de manhã com um sorriso no rosto, com a certeza de que tem um porto seguro para regressar no final do dia e que, aconteça o que acontecer, terá sempre um espaço de conforto e com aqueles que ama, por isso, cuide da sua casa, cuide de si carinhosamente.
 
Reúna a família em torno dessa missão ao fim de semana e façam da limpeza e da arrumação um ponto de encontro para conversar, para deitar fora aquilo de que não precisam, sintam prazer em limpar o lixo, mas também em aproveitar a casa limpa e organizada e, diariamente, vão dando uns retoques para que se mantenha limpa, organizada e agradável, pois mesmo que a vossa fase de vida possa não ser a melhor, este é sempre um ponto de partida importante e quem sabe, a alavanca para transformar a fase seguinte.