Segundo se lê no documento: Natural de Loulé, "Nuno Guerreiro marcou de forma inquestionável o panorama musical português com uma voz única e inconfundível, com um raro registo de contratenor, que o distinguiu a nível nacional e além-fronteiras".
Com fortes influências do fado de Amália Rodrigues, na sua juventude, o cantor destacou-se como vocalista principal da Ala dos Namorados, grupo com o qual atingiu grande notoriedade. Ao longo do tempo, colaborou com artistas e projetos de referência como Carlos Paredes, Rodrigo Leão, D.I.V.A. e Sara Tavares, com quem mantinha uma especial ligação pessoal e artística.
A sua paixão pela música levou-o a estudar canto com Maria Cristina Castro e a levar a sua voz a palcos nacionais e internacionais, "deixando uma marca de excelência e sensibilidade em cada atuação".
Para o Município, além de uma figura "acarinhada na região algarvia e por todos os que com ele privaram", Nuno Guerreiro "manteve sempre uma ligação profunda às suas raízes e ao público que o viu crescer", tendo, ainda recentemente, brilhado em dois concertos esgotados no Cineteatro Louletano, homenageando Carlos Paredes, e ficado por cumprir os espetáculos marcados e todas as obras e trabalhos que ainda tinha por concretizar.
O autarquia, em proposta de atribuição de voto de pesar aprovada por unanimidade, fala de um "artista excecional e ser humano ímpar, cuja voz e legado permanecerão vivos na memória coletiva e que foi e é motivo de orgulho para todos os algarvios".
À família, amigos e à comunidade artística nacional, endereça "sentidas condolências neste momento de dor".