Sociedade

Município de Faro lamenta falecimento do monsenhor conégo José Pedro Martins

Foto - CM Faro
Foto - CM Faro  
O Município de Faro lamenta o falecimento do monsenhor conégo José Pedro Martins, que dedicou mais de 50 anos da sua vida ao sacerdócio e à Igreja do Algarve.

Numa nota de pesar, a Câmara de Faro fala de "um homem de fé, possuidor de uma profunda sensibilidade doutrinária, que se manifestava em tantas obras publicadas e impulsionadas", que esteve "indissociavelmente" ligado ao processo de dinamização e abertura da Diocese do Algarve à comunidade.
 
No âmbito da comemoração do cinquentenário do sacerdócio do conégo José Pedro Martins, em 2020, o Município de Faro atribuiu-lhe um voto de congratulação e louvor, prestando-lhe uma homenagem pelo seu "humanismo e sensibilidade, determinação pela fé e disponibilidade constante para servir o próximo", adianta a nota.
 
Em 2023, o Papa Francisco nomeou o cónego José Pedro Martins "Capelão de Sua Santidade" com o título de "monsenhor", como reconhecimento da sua "dedicação" à Igreja do Algarve e do seu "testemunho de amor e vivência sacerdotal". 
 
Nascido em Lagos a 26 de outubro de 1942, José Pedro De Jesus Martins ingressou em 1961 no Seminário de Almada, onde esteve dois anos, tendo depois cumprido mais cinco anos de estudo e desenvolvimento da vocação no Seminário dos Olivais. Em 1970, concluiu o curso de Teologia no Instituto Superior de Estudos Teológicos de Lisboa, tendo sido ordenado sacerdote no dia 29 de junho na Igreja da Sé de Faro. Foi depois nomeado Prefeito do Seminário de Faro, tendo-se dedicado também, de forma intensa, ao ensino, às artes e à música litúrgica.
 
Durante o seu percurso, foi professor de Português e Educação Moral e Religiosa Católica, tendo-se licenciado igualmente em História na Faculdade de Letras de Lisboa.  
 
Fundou e dirigiu o Coro do Conservatório Regional do Algarve, onde lecionou igualmente a disciplina de História da Música e, em 1980, o Coral Ossónoba. Na área da música contou com vários álbuns editados e o seu nome inscrito na Enciclopédia da Música em Portugal no século XX, sendo reconhecido como um dos expoentes contemporâneos da música litúrgica nacional.
 
Em 1988, então Vigário de Faro, membro do Conselho Presbiteral, recebe, com a aclamação das comunidades que acompanhava, a Medalha da Cidade – Grau Ouro. No ano seguinte é designado reitor do Seminário de Faro e Vigário Geral da Diocese com jurisdição sobre a pastoral. 
 
Em 1996, o Bispo D. Manuel Madureira Dias nomeia-o Cónego para o Cabido da Sé de Faro de que foi Chantre e, desde 2009, Deão. Em 2009 assumiu a Paróquia da Sé de Faro e, já em 2017, as de Santa Bárbara de Nexe e Estoi. 
 
O Município de Faro endereça aos seus familiares e amigos sentidas condolências.