Na sequência da publicação da Resolução do Conselho de Ministros de 20 de fevereiro que reconhece a situação de alerta na região do Algarve por motivo de seca e que aprovou um quadro de medidas de resposta a esta questão, o Município de Faro informou em comunicado, que está a implementar um conjunto de iniciativas no sentido de garantir uma maior poupança e racionalização das reservas de água, e desta forma "ajudar a garantir a sustentabilidade hídrica a curto e médio prazo".
Neste âmbito, o Município suspendeu toda a utilização de água da rede pública ou potável para rega de espaços verdes e jardins públicos, com exceção do Jardim da Alameda João de Deus e do campo relvado da pista de atletismo, que são regados com recurso a água de furo.
No enquadramento da mesma resolução do Conselho de Ministros, a autarquia vai manter, no máximo, duas regas mensais no sistema gota-a-gota de forma a assegurar a sobrevivência de árvores, "de caráter monumental ou singular (nomeadamente novas), garantindo apenas a rega destas árvores", permitindo, a redução do seu consumo total atual na rega dos espaços verdes públicos em 99,9%, passando de 319.343 metros cúbicos por ano para um consumo estimado de 174 metros cúbicos por ano.
Esta redução permitirá manter a rega gota-a-gota com arbustos e herbáceas de revestimento, nomeadamente nos espaços verdes mais significativos, possibilitando também a plantação de novas árvores nos relvados a desativar, acrescenta.
Paralelamente, o Município encerrou também as fontes ornamentais ou decorativas, que poderão funcionar, periodicamente, para manutenção dos respetivos equipamentos.
A utilização de água de fontes alternativas, como seja água para reutilização, para rega de espaços verdes e jardins públicos, somente poderá ocorrer entre as 20h00 e as 08h00, quando possível.
A autarquia está também a implementar a utilização de redutores do fluxo de abastecimento de água em todas as torneiras dos edifícios municipais em que tal seja possível.
Será reduzida a periodicidade da lavagem de ruas, pavimentos, veículos e equipamentos municipais, utilizando para o efeito, sempre que esteja disponível, água de origens alternativas. Serão encerrados chuveiros e lava-pés nas zonas balneares do concelho, bem como reduzida a taxa de renovação de água das piscinas públicas, sem comprometer a saúde pública.
Nesta fase, o Município está a preparar uma "alargada campanha de comunicação e sensibilização para esta questão", conclui.