Ambiente

Movimento Salvar as Alagoas Brancas tem reunião marcada com o ministro do Ambiente e da Ação Climática

Foto - Anabela Blofeld
Foto - Anabela Blofeld  
O Movimento Salvar as Alagoas Brancas e várias ONG 's portuguesas reúnem-se na próxima segunda-feira, 28 de agosto, com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Em comunicado, o movimento informa que irá deslocar-se a Lisboa, para que o ministro "se posicione no sentido de salvar as Alagoas Brancas e mudar o loteamento do sítio".

A petição “Salvar a zona húmida das Alagoas Brancas” que já conta com mais de 7500 assinaturas, será levada à Assembleia da República para ser discutida em plenário. Esta, que já é a segunda petição levada a cabo pelo movimento de cidadãos, pode ser consultada e assinada aqui: https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT114513
 
No comunicado, é referido que há cerca de dois meses, a propósito de uma reunião entre a Câmara de Lagoa e o Movimento Salvar as Alagoas Brancas, o presidente Luís Encarnação informou que mudaria o loteamento de lugar se o governo apoiasse e o promotor aceitasse, explicando que recentemente, o autarca contactou um dos membros do movimento, a informar que teria sinalizado terrenos para esse efeito e que também já teria falado com o promotor nesse sentido, prometendo agendar uma nova reunião com o movimento após a FATACIL. 
 
Sobre esta proposta, o movimento adianta que é uma não-solução, "quando se trata de uma zona húmida de água doce com as características e serviços das Alagoas Brancas, uma pequena zona húmida de água doce no seio de um aquífero aluvionar que ao longo do ano alberga 300 espécies registadas de fauna e flora, entre as quais 146 espécies de avifauna. Este ecossistema dependente de água subterrânea (EDAS) funciona também como uma bacia natural de contenção de água promovendo serviços de ecossistema à cidade de Lagoa, e mitigando riscos para pessoas e bens em caso de cheias e inundações. Esta área deveria pertencer à reserva ecológica nacional como zona ameaçada por cheias (ZAC) e como área estratégica de infiltração e proteção à recarga de aquíferos (AEIPRA)", lê-se no documento.