Sociedade

Movimento Porta a Porta – Casa para Todos volta a sair à rua em Faro, Portimão e Lagos

 
O Porta a Porta – Casa para Todos, Movimento pelo Direito à Habitação, volta a sair à rua no próximo sábado, 28 de setembro, a partir das 15h00, de norte a sul e ilhas.

Em Faro, a manifestação decorrerá entre o Jardim Manuel Bívar até ao Jardim Catarina Eufémia (em frente ao "Seu Café"), em Portimão, a concentração terá lugar no Largo 1º de Dezembro e em Lagos, na Rua Silva Lopes (em frente à Igreja de Sto. António).
 
O Movimento vai exigir soluções "para quem vive e trabalha no nosso país e precisa de casa para viver em primeiro lugar". Defende que é urgente alterar as politicas de habitação.
 
Num espaço de um ano e meio, esta é a quarta manifestação do Porta a Porta, que reconhece que foram feitos "tímidos progressos" na questão da habitação, em que o governo PS "meteu os interesses daqueles que usam as casas para fazer lucros, os grandes proprietários e a banca, à frente das necessidades daqueles que precisam de casa para viver e não rompeu com a política de direita. O atual governo PSD e CDS, suportado pelo apoio da IL e do Chega e, no essencial da política de habitação, também pelo apoio do PS, veio agravar o problema de todos aqueles cujo o salários, as reformas ou as pensões ao fim do mês já são curtos ou simplesmente não chegam para pagar a renda ou o crédito e continuar a ter condições financeiras para ter dignidade na vida", lê-se no comunicado do Movimento. 
 
Deste modo, é exigido reduzir e regular as rendas para valores compatíveis com os rendimentos do trabalho em Portugal; aumentar a duração dos contratos de arrendamento para um período mínimo de 10 anos; pôr fim aos despejos, às desocupações e às demolições que não tenham alternativa de habitação digna e que não preservem a unidade da família na sua área de residência; baixar as prestações bancárias, garantindo que nenhuma família paga de prestação da casa que habita mais que 35% dos seus rendimentos líquidos mensais; rever todas as formas de licenças para a especulação turística; acabar com o estatuto dos residentes não habituais, os incentivos para nómadas digitais, os investimentos solidários, as isenções fiscais para o imobiliário de luxo e fundos imobiliários, assim como não voltar a ter nenhum regime que se assemelhe aos Vistos Gold; colocar a uso, com preços sociais, os imóveis devolutos do Estado, dos grandes proprietários, dos fundos de empresas que só têm como fim a especulação; aumentar o parque de habitação pública em quantidade e qualidade e promover com urgência a reabilitação dos bairros sociais e criar formas de habitação cooperativa e outras que não sejam entregues ao mercado.