Na sessão de boas vindas, Vítor Aleixo, fez uma apresentação da política de ação climática do Município, tocando em pontos como as questões da adaptação e da mitigação presentes naquele que foi o primeiro plano de ação climática do país, as ações com vista à eficiência hídrica e combate à seca, a aposta numa agenda para a sustentabilidade e biodiversidade, a criação de áreas protegidas, ou o trabalho na eficiência energética.
“Sei bem das preocupações do senhor presidente, um grande defensor das questões climáticas e que ajuda a passar esta mensagem aos jovens nas escolas. Loulé está de parabéns!”, disse a ministra.
Após uma visita ao Mercado Municipal de Loulé e ao espaço de informação que aí existe sobre o projeto do Geoparque Algarvensis, Maria da Graça Carvalho visitou o empreendimento Arcaya, em Quarteira. Trata-se de um investimento imobiliário privado, assente em processos ambientalmente sustentáveis, quer do ponto de vista da eficiência hídrica, respeito pela natureza, florestação, preservação da biodiversidade, utilização de materiais que retêm o carbono como a madeira para a construção das moradias e utilização de energia “limpa”. Desde o início, a Câmara Municipal de Loulé apoiou este projeto pioneiro em Portugal, sublinha a publicação.
O dia terminou com a inauguração da Central Fotovoltaica do Passeio das Dunas, em Vilamoura, que, de acordo com a governante, “é o tipo de projeto de que eu gosto muito. Poderão não ser esses que nos fazem chegar às grandes metas, mas são esses que nos envolvem a todos, e esta transição energética vai depender do envolvimento de todos nós! O pequeno fotovoltaico nas casas, nos apartamentos, nas coberturas dos edifícios, nos parques de estacionamento (como é este o caso), nas escolas, nos supermercados… É por aí que temos que ir! É exatamente isso que está a acontecer aqui: o autoconsumo, a partilha de energias e as comunidades de energia”, realçou.
Esta central fotovoltaica para autoconsumo tem uma potência instalada de 200 kW, produzindo cerca de 320 MWh/ano de energia elétrica que é servida para alimentar a estação elevatória de águas residuais que se encontra enterrada no início da avenida, reduzindo, assim, a dependência de fontes de energia não renováveis, como explicou o administrador da empresa municipal Inframoura, Cláudio Casimiro.
A central foi integrada na estrutura do parque de estacionamento que existia. Os 358 módulos instalados têm uma “característica inovadora”: são bifaciais, isto é, podem receber energia da radiação direta do sol e também da radiação que é refletida pelo chão e pelo próprio oceano (que está ali bem perto).
O objetivo é que a energia produzida seja partilhada por outras instalações consumidoras da Inframoura, completou.
Para a ministra do Ambiente e Energia, este deve ser um exemplo a replicar noutros pontos do território, para tal, Maria da Graça Carvalho adiantou que o Governo está empenhado na simplificação burocrática de tudo o que está relacionado com o autoconsumo.