Ambiente

Ministra do Ambiente e Energia valorizou projetos de sustentabilidade no concelho de Loulé

 
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, visitou na passada sexta-feira, o concelho de Loulé, onde conheceu o trabalho realizado ao nível da ação climática e da eficiência hídrica, assim como exemplos de boas práticas já implementadas no território, destaca nota da autarquia louletana.

Na sessão de boas vindas, Vítor Aleixo, fez uma apresentação da política de ação climática do Município, tocando em pontos como as questões da adaptação e da mitigação presentes naquele que foi o primeiro plano de ação climática do país, as ações com vista à eficiência hídrica e combate à seca, a aposta numa agenda para a sustentabilidade e biodiversidade, a criação de áreas protegidas, ou o trabalho na eficiência energética.

“Sei bem das preocupações do senhor presidente, um grande defensor das questões climáticas e que ajuda a passar esta mensagem aos jovens nas escolas. Loulé está de parabéns!”, disse a ministra.

Após uma visita ao Mercado Municipal de Loulé e ao espaço de informação que aí existe sobre o projeto do Geoparque Algarvensis, Maria da Graça Carvalho visitou o empreendimento Arcaya, em Quarteira. Trata-se de um investimento imobiliário privado, assente em processos ambientalmente sustentáveis, quer do ponto de vista da eficiência hídrica, respeito pela natureza, florestação, preservação da biodiversidade, utilização de materiais que retêm o carbono como a madeira para a construção das moradias e utilização de energia “limpa”. Desde o início, a Câmara Municipal de Loulé apoiou este projeto pioneiro em Portugal, sublinha a publicação.

O dia terminou com a inauguração da Central Fotovoltaica do Passeio das Dunas, em Vilamoura,  que, de acordo com a governante, “é o tipo de projeto de que eu gosto muito. Poderão não ser esses que nos fazem chegar às grandes metas, mas são esses que nos envolvem a todos, e esta transição energética vai depender do envolvimento de todos nós! O pequeno fotovoltaico nas casas, nos apartamentos, nas coberturas dos edifícios, nos parques de estacionamento (como é este o caso), nas escolas, nos supermercados… É por aí que temos que ir! É exatamente isso que está a acontecer aqui: o autoconsumo, a partilha de energias e as comunidades de energia”, realçou.

Esta central fotovoltaica para autoconsumo tem uma potência instalada de 200 kW, produzindo cerca de 320 MWh/ano de energia elétrica que é servida para alimentar a estação elevatória de águas residuais que se encontra enterrada no início da avenida, reduzindo, assim, a dependência de fontes de energia não renováveis, como explicou o administrador da empresa municipal Inframoura, Cláudio Casimiro.

A central foi integrada na estrutura do parque de estacionamento que existia. Os 358 módulos instalados têm uma “característica inovadora”: são bifaciais, isto é, podem receber energia da radiação direta do sol e também da radiação que é refletida pelo chão e pelo próprio oceano (que está ali bem perto).

O objetivo é que a energia produzida seja partilhada por outras instalações consumidoras da Inframoura, completou.

Para a ministra do Ambiente e Energia, este deve ser um exemplo a replicar noutros pontos do território, para tal, Maria da Graça Carvalho adiantou que o Governo está empenhado na simplificação burocrática de tudo o que está relacionado com o autoconsumo.