Carlos Albino foi, juntamente com João Paulo Diniz e Manuel Ferreira Tomaz, um dos três jornalistas condecorados por Marcelo Rebelo de Sousa pelo papel determinante no desenrolar do período revolucionário, tendo sido um dos responsáveis pela emissão das “senhas” da operação militar do 25 de Abril de 1974.
A primeira “senha”, a música “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho, foi lançada por João Paulo Diniz nos Emissores Associados de Lisboa, tendo a segunda “senha”, a canção “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, sido gravada e lançada por Carlos Albino e Manuel Tomaz na Rádio Renascença. "Três vozes da liberdade que contribuíram para termos hoje um país democrático", realça o Município em comunicado.
“É para nós um orgulho imenso termos na nossa comunidade uma personalidade com uma ligação tão profunda ao momento mais importante do Portugal contemporâneo. Carlos Albino é um humanista, um homem implicado nas questões do seu país e do concelho que o viu nascer. Temos uma gratidão por tudo o que tem feito neste território, particularmente na promoção cultural; exemplo disso foi a criação do Prémio de Crónica e Dispersos Literários, que nasceu de uma ideia do próprio. Parabéns, Carlos, esta condecoração é de inteira justiça!”, declara o autarca Vítor Aleixo.
O Município de Loulé elegeu-o como presidente das comemorações do 40º e 50º aniversários do 25 de Abril, tendo sido o principal mentor e dinamizador de um programa que permitiu levar a Loulé personalidades como Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Lourenço, Ramalho Eanes ou Mário Soares. Sem esquecer uma exposição da célebre Chaimite “Bula” que foi conduzida por Salgueiro Maia durante as operações militares de Abril.
