A Comissão Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios do Município de Loulé fez um balanço “bastante positivo” da época de incêndios rurais no concelho durante este ano, tendo em conta a área ardida de 12 hectares, uma das menores áreas ardidas neste território desde 2004.
Na reunião de balanço estiveram presentes as entidades que constituem a comissão e as entidades que integram as reuniões operacionais de defesa da floresta contra incêndios, realizadas quinzenalmente entre 1 julho e 30 de setembro, período que corresponde ao nível Delta, nível de maior empenhamento operacional no âmbito do dispositivo operacional especial de combate a incêndios rurais.
As conclusões foram apresentadas na reunião presidida pelo edil Vitor Aleixo, após as apresentações por parte do Serviço Municipal de Proteção Civil, Associação de Produtores da Serra do Caldeirão, Guarda Nacional Republicana e Corpo de Bombeiros, sobre o trabalho desenvolvido e os resultados obtidos ao nível do Município, desde o planeamento, sensibilização e informação pública, prevenção, vigilância e combate aos incêndios rurais, informa nota da autarquia de Loulé.
Segundo os intervenientes na reunião, a área ardida reduzida deve-se a um conjunto de fatores, tais como ao reforço de meios e equipamentos disponíveis, aumento de vigilância e da prevenção.
De salientar ainda que o Município manteve o protocolo com o Regimento de Infantaria Nº 1 do Exército Português, com a GNR com veículo 4x4, e 2 motas e o patrulhamento a cavalo.
Este ano, com o prolongamento de mais um mês (o seu términus ocorreu a 31 de outubro, devido aos índices de incêndio rurais existentes), existiram mais 46 dias de “perigo de incêndio rural máximo”, o que traduz um aumento de cerca de 50% em relação a 2022.
Apesar da área ardida este ano ter sido “diminuta” Vitor Aleixo afirmou: “Temos de continuar a trabalhar e dar um salto qualitativo reforçando a articulação e coordenação na prevenção dos incêndios, sendo que hoje os incêndios são algo bastante complexo. Como tal, é preciso continuar a apostar em recursos humanos e nos meios, uma vez que os períodos de seca serão cada vez maiores e as decisões políticas terão de ter em conta todos estes fatores”. Deste modo, “a autarquia irá continuar a trabalhar e a desenvolver a sua estratégia, de forma a mitigar os efeitos das alterações climáticas e, por consequência, os incêndios rurais, contribuído assim para um território cada vez mais resiliente”.