Cultura

Livro "A Fábrica de Corpos Dóceis" apresentado na Biblioteca Municipal Lídia Jorge

Foto - Algarve Primeiro
Foto - Algarve Primeiro  
Sob a chancela da Cosmos, é apresentado ao público no próximo dia 15 de fevereiro, sábado, às 14h00, o livro de Margarida Guilherme, intitulado "A Fábrica de Corpos Dóceis".

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É apresentado ao início da tarde de sábado, dia 15, na Biblioteca Municipal de Albufeira Lídia Jorge e sob a chancela da Cosmos, o livro "A Fábrica de Corpos Dóceis", de Margarida Guilherme, natural de Paderne, cujo lançamento ocorreu em novembro do ano passado na Fundação José Saramago, em Lisboa. 

Segundo a autora, doutorada em Estudos de Cultura, este livro resulta do testemunho literário de quem vivenciou o período ditatorial ibérico do séc. XX, conduzindo o leitor “para dentro das prisões ditatoriais dos regimes de Franco e de Salazar, e também para as salas de interrogatório e para as salas de audiência dos tribunais. Mostra-nos o encarceramento, a privação, a censura, o julgamento, a tortura, isto é, os mecanismos usados para construir aquilo que aqui se chama o método burocrático de docilização dos dominados”. “Os discursos ditatoriais desse tempo”, refere ainda a autora, “construíram o aparelho burocrático ideal para levar a cabo a repressão de grupos de seres humanos dominados, a doutrinação de agentes da dominação e a consequente desumanização de ambos — dominados e dominantes — dentro de uma engrenagem equiparada à de uma fábrica.”

A apresentação está marcada para as 14h00, e está a cargo de Manuel Frias Martins, professor de Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bem como da autora, havendo ainda um momento musical com a fadista Raquel Peters. 

Margarida Guilherme é docente do ensino superior desde 2009, investigadora do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa),  foi a fundadora do ISTA - Instituto de Artes e Letras de Albufeira, em 1996, onde é atualmente responsável pela direção pedagógica, além de professora de línguas e de música. 

O valor da venda dos livros que cabe à autora será entregue à AVVAZ – Comunidade Internacional de Mobilização Online, defensora dos Direitos Humanos.