Economia

Investimentos do Algarve 20/30 foram avaliados em Albufeira

O Conselho Regional do Algarve avança com a criação de dois polos educativos, informa o município de Albufeira em nota de imprensa.

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O município recebeu na passada segunda-feira, a sessão do Conselho Regional do Algarve, uma das áreas orgânicas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, para avaliar o ponto da situação do Programa Algarve 2030, dos investimentos na área da Saúde e dos trabalhos no âmbito do Conselho Económico e Social, entre outros.
 
O Salão Nobre dos Paços do Concelho foi o palco desta sessão, onde se foram abordados os investimentos na região para os próximos anos, nomeadamente, do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo Social Europeu (FSE).
 
O valor a ser investido no desenvolvimento da região por estes fundos comunitários é de 780 milhões de euros. Educação, Saúde e Inovação Empresarial foram alguns dos temas apresentados pelo presidente da CCDR Algarve, José Apolinário.
 
Porém, a maior parcela do valor será investida com o “foco estratégico na sustentabilidade, em todas as suas vertentes: competitividade, coesão e resiliência territorial, inovação das empresas e qualificação de pessoas”, referiu o presidente da comissão.
 
José Apolinário apresentou o programa referindo os cinco eixos pelo qual foi desenhado o investimento, destacando os 368 milhões de euros com vista a fazer do Algarve uma área “mais verde e hipocarbónica”, enfatizando a necessidade do investimento em prol da promoção da descarbonização, da transição energética, da eficiência energética e da prevenção de catástrofes naturais.
 
A educação e qualificação de pessoas foi outro dos temas estruturantes da sessão, visto que, “no Algarve, só 22% dos jovens, entre os 18 e os 24 anos de idade é que têm qualificação superior, colocando a região sempre na cauda das tabelas do país”. Assim sendo, e com vista a diminuir esta acentuada diferença, “serão criados dois novos polos educativos, um em Gambelas, outro na zona do Barlavento, com um curso técnico superior profissional (CTESP), que valorizem a promoção da literacia e a capacitação digital”.
 
Relativamente à Inovação Empresarial e aos Investimentos I&D (Investigação e Desenvolvimento), “só estamos à frente da Madeira e dos Açores, colocando a região numa posição desfavorável quando comparada com o resto do país”, afirmou o presidente da CCDR Algarve. “É preciso notar que as recomendações da OCDE, para os I&D, são de 3% do PIB, gerado a nível nacional, mas não é viável. Se com a união de esforços e com a manutenção do trabalho conjunto conseguirmos chegar ao 1%, pode afirmar-se que já é um resultado histórico”, revelou.
 
Na proposta apresentada há, igualmente, um projeto de construção de um centro oncológico, no Parque das Cidades (Loulé) e de uma rede de transportes públicos facilitadora da deslocação intermunicipal potenciadora da qualidade de vida na região.
 
José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, estreou a sessão referindo que “para além da apresentação, faz todo o sentido a realização deste momento aberto e de debate, no sentido de entendermos as diferentes perspetivas de cada uma das entidades aqui presentes, cujo único foco é o desenvolvimento da região.”
 
Na mesma nota, a autarquia lembra que, a submissão para aprovação do Programa Regional do Algarve 2030 acontece no final do mês de outubro. A esta sessão não faltaram os diretores regionais das delegações do Governo, RTA e outras organizações setoriais do Algarve.