Em comunicado, os Núcleos Territoriais de Faro, Loulé, Silves, Albufeira e Portimão da Iniciativa Liberal (IL) criticam o "secretismo absoluto" da realização do Conselho de Ministros no Algarve agendado nos dias 1 e 2 de março. Para o partido "um governo que se diz próximo da população não se fecha em secretismo, pelo que é preciso averiguar a razão de tanto mistério".
O IL diz que o governo do PS, que governa o país há 7 anos, não tem obra para inaugurar no Algarve e que a visita, "limitar-se-á ao simbolismo e ao anúncio de planos e promessas futuras cuja concretização é duvidosa". O partido questiona se a visita do governo ao Algarve "servirá para lançar novas pedras basilares do Hospital Central do Algarve, da Estação de Dessalinização, de novos Polos Universitários, do transvase de água do Pomarão ou qualquer outra propaganda partidária para juntar às inúmeras promessas falhadas a respeito dos investimentos estruturais do Algarve".
A Iniciativa Liberal questiona ainda, se a razão do secretismo da visita ao Algarve do primeiro-ministro, e respetivo governo, "não estará relacionada com o receio de manifestações e demonstrações de desagrado de diversos quadrantes da sociedade algarvia. Seria de facto curioso, se para fugir dos protestos na Bolsa de Turismo de Lisboa anunciados pelo setor do Alojamento Local, o governo enfrentasse protestos na região turística por excelência de Portugal", lê-se no documento enviado à comunicação social.
O IL lembra que o Alojamento Local é responsável por 19,7% das dormidas turísticas do Algarve, "ou seja, um quinto das dormidas do setor estruturante da economia algarvia".
