Ambiente

Incêndio: Saiba quantos anos são precisos para recuperar área ardida

 
Foto - Algarve Primeiro
Foto - Algarve Primeiro  
O comandante operacional distrital da Proteção Civil de Faro, Richard Marques, em declarações à comunicação social, esta manhã, informou que o incêndio chegou a atingir um perímetro de 27 quilómetros, que atingiu os concelhos de Faro e Loulé.

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Em conferência de imprensa no posto de comando da Proteção Civil, instalado no polo de Gambelas da Universidade do Algarve, o responsável disse que do ponto de vista daquilo que foi a dinâmica do incêndio, lavrou mais à superfície, «não estamos a falar de um atingir as copas das árvores». 
 
António Miranda, representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, referiu que tratou-se de um incêndio muito rápido e quando assim acontece, «as árvores acabam por não ficar muito afetadas o que por si só regeneram».
 
Lembrou que os ecossistemas mediterrânicos estão adaptados «àquilo que é o incêndio, no fundo, uma característica da nossa vegetação mediterrânica que "vive" com o fogo e naturalmente está preparada para se regenerar por ela própria e tratando-se de um parque natural, estes fenómenos dos fogos às vezes fazem parte também da reabilitação da vegetação», explicou. 
 
Neste espaço de tempo ainda não foi possível quantificar o que foi perdido, mas António Miranda salientou que a natureza tem as suas formas de reagir a um fenómeno destes, «obviamente que poderá haver afetação, mas vamos confiar na natureza que consegue recuperar muitas vezes melhor do que nós humanos fazemos». Quanto ao período de recuperação, respondeu que num espaço de 3 a 4 anos, «nem se vai aperceber que ocorreu um incêndio na maioria da área», concluiu.
 
Recorde-se que o incêndio que deflagrou na terça-feira à noite em Gambelas, no concelho de Faro, e que depois se estendeu a Loulé, entrou em fase de resolução às 09:19 desta quinta-feira, confirmou a Proteção Civil.