Cultura

Grupo de teatro da Universidade do Algarve regressa ao ativo após anos de interregno

Sin Cera - Facebook
Sin Cera - Facebook  
O grupo de Teatro Universitário SinCera, constituído em 1990, retorna aos palcos nos dias 21 e 22 de maio, com o espetáculo performance "A Casa Amarela".

PUB
A propósito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e em coprodução com a Mákina de Cena, o texto original do integrante do SinCera, Filipe Pereira, dá o mote para esta nova criação, encenada por Carolina Santos, com assistência de Beatriz Medeiros.
 
O SinCera foi a plataforma de lançamento de muitos projetos culturais, assumindo-se, durante vários anos, como a única companhia de teatro num raio de 200 quilómetros. Formou cerca de 2500 estudantes na prática teatral e esteve na génese de grupos como a ACTA, o Al-Masrah ou a ArQuente. 
 
Para além de criações anuais, uma das suas funções mais importantes foi a formação, através da organização de cursos de iniciação teatral, cursos de luz e som para teatro e várias aulas abertas para a comunidade universitária. Inativo desde 2016, o SinCera regressou em 2023, após convocatória espontânea de um grupo de alunos da UAlg em 2022, que deu origem ao curso de formação 2022/2023, em parceria com a Mákina de Cena e com o Teatro das Figuras, contando com mais de três dezenas de inscritos.
 
A partir da formação, o grupo estreou no Teatro das Figuras após 6 anos inativo, o espetáculo A Rapariga da Gabardina Amarela, encenado por Carolina Santos e inspirado na peça homónima de Jon Fosse.
 
A partir daí, o SinCera tem estado ativo, trabalhando em conjunto com Carolina Santos e a Mákina de Cena para manter vivo o teatro universitário na UAlg, apresentando agora A Casa Amarela.
 
O autor desta peça é aluno da Universidade do Algarve, que durante a sua licenciatura no curso de Psicologia teve o seu primeiro contacto com o mundo do teatro, através do SinCera. 
 
É no Laboratório Internacional de Escrita para Teatro 2023 - Revoluções, organizado pela Casa da Esquina com a Mákina de Cena e editado pela Húmus, que nasce A Casa Amarela, texto que instiga o grupo a trazer o espetáculo aos palcos, com três sessões: uma no dia 21, às 21h00, e outras duas no dia 22, às 15h00 e às 21h00, todas no IPDJ, sendo a sessão das 15h00 dirigida às escolas para alunos do 3° ciclo.
 
Segundo o SinCera, A Casa Amarela "é um espectáculo-performance, que quebra as ligações convencionais com o texto teatral e põe em evidência a dicotomia eu-nós, no seu-nosso agora, nos seus corpos-casa, jurisprudência de mentes em formação, com-muita-opressão-depressão-ansiedade-obsessão-trauma-E-vamos-todos-morrer-mas-esperamos-nãoser-hoje".