A Galp inaugurou hoje em Alcoutim, um parque de energia solar fotovoltaica que pode abastecer 80.000 casas, considerado pelo Governo “em linha com as prioridades” para a transição energética do país.
O projeto inaugurado “está em linha com as prioridades do Governo em relação à transição energética que privilegia […] a soberania, a independência, a autonomia do nosso país, e fornece eletricidade a preços competitivos e, sobretudo, evita emissões de gases com efeito de estufa”, sublinhou o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.
O responsável governamental esteve presente na cerimónia de inauguração, no concelho de Alcoutim, de “um grande projeto” de energia solar fotovoltaica com 144 MW (megawatts), num investimento superior a 70 milhões de euros.
Segundo a Galp, a nova central produz eletricidade suficiente para abastecer 80.000 famílias, evitando a emissão de 75.000 toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
“Vamos levar o sol de Alcoutim para o depósito do vosso carro”, disse, por seu lado, o presidente executivo da Galp, Filipe Silva, a pensar na utilização dos eletrões produzidos nesta unidade com os de uma outra, em Sines, que irá produzir hidrogénio verde.
A Galp anunciou no início da semana que vai ser construída "uma unidade de hidrogénio verde com a capacidade de 100 MW de eletrolise que produzirá até 15 mil toneladas de hidrogénio renovável por ano", que permitirá substituir "cerca de 20% do consumo atual de hidrogénio cinzento e poderá representar uma redução das emissões de gases com efeito estufa de aproximadamente 110 mil toneladas por ano (Scope 1 e 2, CO2e)".
A unidade de Alcoutim, com uma capacidade de produção anual estimada de 250.000 megawatts-hora de eletricidade, é composta por quatro centrais fotovoltaicas - S. Marcos, Viçosa, Pereiro e Albercas - e tem 252.532 painéis solares que se estendem por uma área de 250 hectares.
A Galp informou que com estes parques, a empresa conta atualmente com uma capacidade instalada de 1,4 GW (gigawatts), assegurando 5,5% da potência fotovoltaica da Península Ibérica.
“Os painéis [solares] de Alcoutim vão descarbonizar Sines”, insistiu Filipe Silva, acrescentando que o sol do concelho algarvio "vai acabar nos depósitos” dos portugueses.
De acordo com dados fornecidos, a Galp tem onze parques solares em operação ou construção em Portugal e Espanha. Estes ativos serão responsáveis pela produção de cerca de 2,4 TWh (terawatts hora) de energia renovável em 2023.
Lusa