A CCDR Algarve informou, que o Programa Operacional CRESC Algarve 2020, financiou uma primeira parte da construção das três ciclovias regionais do Algarve num montante aproximado de 6 milhões de euros de investimento com uma comparticipação de FEDER de 4,4 milhões de euros.
A Ecovia/ Ciclovia do Litoral Sul, a Ecovia/ Ciclovia da Costa Vicentina e a Ecovia/ Ciclovia da Rota do Guadiana, são as tres ciclovias regionais previstas para o Algarve e que se desenvolvem respetivamente entre Odeceixe e Sagres, entre Sagres e V. Real de Santo António e entre esta cidade e Alcoutim.
A Ecovia/ Ciclovia do Litoral Sul e a Ecovia/Ciclovia da Costa Vicentina, que integram a Rede Europeia de Ciclovias, rotas EuroVelo, contaram com 3,9 milhões de euros de apoio dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), através do CRESC Algarve 2020. Destinadas à prática do cicloturismo ao longo do continente europeu, mas também uma boa alternativa para mobilidade diária e para lazer de uso local, as rotas EuroVelo contam com 14 rotas cicláveis de longa distância cruzando todo o continente europeu, com um comprimento total de 70.000 Km em 42 países.
A Ecovia/ Ciclovia do Litoral Sul vai de Sagres a Vila Real de Sto. António, atravessa os 12 concelhos do Algarve e 9 das 11 cidades da região, numa extensão de aproximadamente 250 Kms. Teve um financiamento de 2,5 milhões de euros da Prioridade de Investimento (PI 4.5) do PO Regional (2014-2020).
Esta rede liga com a Rota do Guadiana, através da qual já é possível chegar até Castro Marim, restando apenas 5 Kms, até ao início da Ponte sobre o Rio Guadiana na fronteira com a Andaluzia, o que permite a sua continuidade para o país vizinho.
Estas obras de beneficiação foram da responsabilidade das autarquias e coordenadas através de um modelo de parceria entre a Autoridade de Gestão do PO Algarve (CCDR Algarve), o Turismo de Portugal (TP) e a AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve), dispondo de financiamento conjugado entre os apoios dos FEEI e o financiamento do Turismo de Portugal.
Até final do atual período de programação, a CCDR clarifica em nota enviada ao Algarve Primeiro, que ficarão concretizados cerca de 74 kms dos cerca de 250 kms totais, o que representa aproximadamente 1/3 do traçado total, prevendo-se que o restante venha a ser totalmente executado durante a vigência do Programa Regional Algarve 2030.
A Ecovia da Costa Vicentina tem financiamento do PO aprovado na PI 6.3 e do Turismo de Portugal através do Programa Valorizar. Encontra-se neste momento em curso no concelho de Vila do Bispo e de Aljezur. Dos 108 kms previstos, esta Ecovia encontra-se com 92 kms concretizados, cerca de 85% da rota concluída. O traçado que faz a ligação direta do Alentejo (na Ribeira de Odeceixe) a Sagres (cerca de 91 kms) ficará concluído.
No concelho de Vila do Bispo compreende uma extensão total de 24 Km, divididos por 3 troços (Limite do Concelho Aljezur/Vila do Bispo – Praia da Cordoama; Praia da Cordoama – EN268); e Cabo de S. Vicente – Sagres. Em Aljezur, compreende uma extensão de 60 Km, divididos por 13 troços entre Odeceixe e o limite do Concelho de Vila de Bispo (EN 268). No conjunto, trata-se de um custo total de 2,6 milhões de euros, com um investimento elegível de 1,9 milhões de euros, comparticipado a 70% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Para a mesma entidade gestora do Algarve, esta ciclovia do Sudoeste «é um projeto estruturante para os concelhos de Vila do Bispo e Aljezur do ponto de vista da mobilidade e da atratividade do território, permitindo uma mobilidade suave entre as várias localidades ao longo deste Eixo da Costa Vicentina e o contato com a natureza no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina na Região do Algarve».
Relativamente à Ecovia do Guadiana, apesar de existir um esboço de traçado, efetuado em 2006, não existem ainda estudos prévios ou projetos de execução.
No âmbito do PR Algarve 2030, a CCDR adianta que está ainda previsto realizar as principais prioridades de redes cicláveis urbanas em cada centro urbano/ município. Para tal os municípios têm de desenvolver um plano de ação de mobilidade ciclável/ativa urbana, onde sejam identificados e cartografados os principais corredores de ligações pedonais e cicláveis, entre os principais pontos geradores de tráfego com indicação do respetivo orçamento estimado e da calendarização prevista, de forma a permitir a sua realização faseada, troço a troço, ao longo do período de vigência do Algarve 2030.