Em declarações à agência Lusa, Francisco Amaral, médico, de 69 anos, disse que renunciou ao cargo na segunda-feira por “estar cansado da vida autárquica, depois de 20 anos como presidente do município de Alcoutim e 12 no [município vizinho] de Castro Marim”.
Eleito em 2013 pelo PSD para a presidência do município de Castro Marim, Francisco Amaral deixa o cargo meses antes de concluir o terceiro e último mandato autárquico, estando impedido de se recandidatar pela lei de limitação de mandatos.
“Mesmo que me pudesse recandidatar não o faria, porque tenho 69 anos e quero descansar e ter mais tempo para a família, para tratar da horta e ir para a pesca, um dos meus ‘hobbies’ preferidos”, apontou.
O autarca adiantou que pretende descansar “desta missão autárquica tão absorvente e gratificante em prol das populações, e dedicar mais tempo a acompanhar o crescimento” do seu neto de sete anos.
“Quero acompanhar o seu crescimento, ao contrário do que aconteceu com o outro, que tem 20 anos”, realçou.
Francisco Amaral disse que se vai “afastar da vida política, mas continuar a dedicar-se à Medicina, missão que abraçou, para ajudar quem mais precisa”.
“Vou continuar a ir ao Hospital de Faro e a apoiar as populações mais carenciadas, tanto de Castro Marim como de Alcoutim”, notou.
Francisco Amaral é médico voluntário em Medicina Geral e Familiar na Unidade Local de Saúde do Algarve desde 1999 e tem mantido a assistência médica ao domicilio nos dois concelhos junto à fronteira com Espanha.
Com a renúncia de Francisco Amaral, a presidência da Câmara de Castro Marim é assumida pela, até agora, vice-presidente Filomena Sintra.
Na opinião de Francisco Amaral, o cargo “fica bem entregue, a uma pessoa que já demonstrou competência e que, certamente, vai continuar a trabalhar em prol das pessoas e do desenvolvimento de Castro Marim”.
“Tenho a certeza que a Filomena Sintra, o [vereador] João Pereira e a restante equipa que trabalhou comigo, irão continuar o trabalho para melhorar a vida das pessoas”, concluiu.
Lusa