De forma a comemorar o Dia Nacional do Mar (16 de novembro), está patente na Fortaleza de Sagres desde 15 de novembro e até 6 de dezembro, uma exposição de desenhos do projeto educativo Emc2 'Explorar matos de camarinha da costa’, apresentando um conjunto de desenhos feitos por alunos de escolas do Agrupamento de Vila do Bispo, sobre a planta da camarinha.
Os desenhos surgiram no seguimento de visitas de estudo no âmbito do projeto Emc2, realizadas em junho, ao Cabo de São Vicente, e que possui diversas plantas endémicas que os alunos também puderam conhecer com o apoio de Ana Carla Cabrita (Guia de natureza da Walkin’Sagres).
O projetoEmc2, coordenado pela investigadora Alexandra Abreu Lima (MARE-ARNET & INIAV, I.P.) dá a conhecer a planta da camarinha - Corema album (L.) D. Don (Família Ericaceae) - uma planta de elevado valor de conservação, propensa ao seu desaparecimento local, em algumas zonas costeiras atlânticas da Península Ibérica, cujas plantas femininas têm pequenos frutos brancos comestíveis.
Para Alexandra Abreu Lima, "esta planta constitui um tesouro natural único, dada a sua reduzida distribuição geográfica na costa atlântica ibérica, entre Gibraltar e Finisterra, com presença em algumas ilhas açorianas (endemismo ibérico) e a particularidade de ter pequenos frutos comestíveis, de cor branca ou rosada".
Com o apoio dos ‘Museus e Monumentos de Portugal’ e da Fortaleza de Sagres, o projeto Emc2 é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) ao MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e ao laboratório associado ARNET - Aquatic Research Network.
Camarinha em Sagres