Mário Pinto de 74 anos, entrou no Hospital de Portimão com uma infeção num dedo do pé.
Segundo revela o "Correio da Manhã", o médico que o atendeu informou que teriam de amputar o dedo. O processo seguiu para Faro, para a cirurgia.
De acordo com a filha que denunciou o caso, "Os velhos são tratados como descartáveis. Durante meses, o meu pai sofreu como não merecia. Sentiu que andava de um lado para o outro e que ninguém se importava com a sua sorte”, descreve.
Cátia Pinto conta ao CM que após a amputação do dedo do pé do pai, apesar de ter tido alta, surgiram novos problemas. A infeção continuava a alastrar-se, e chegou à perna do idoso, tendo o médico de Portimão sugerido a amputação da perna. Num primeiro momento, o Hospital de Faro recusou, "preferindo fazer a colocação de veias artificiais, mas nesse mesmo dia disseram-lhe que tinha de amputar a perna. Ainda voltou a Portimão e só regressou a Faro no dia 3 de maio", explica.
Quando se preparava para a cirurgia, e depois de ter sido assistido por psicólogos, “Não havia salas disponíveis e teve de esperar até 17. Operaram-no e mandaram-no para Portimão. Sabiam que ele já não estava bem, que a infeção alastrara”, acrescenta Célia Pinto, referindo que o pai ainda lutou contra a Covid-19 que terá apanhado em Faro e que a 5 de junho faleceu.