Depois de, em 2024, Marrocos ter sido o “País Convidado”, Cabo Verde estará em destaque na 21ª edição do MED, avança nota divulgada da Câmara de Loulé.
Para dar a conhecer o que de mais genuíno este país tem para oferecer, vai ser recriado um Pátio, símbolo da cultura cabo-verdiana e que faz parte da arquitetura tradicional das ilhas, com epicentro no Claustro do Convento Espírito Santo, onde gastronomia e artesanato se vão misturar com as sonoridades de Cabo Verde.
A música deste país vai estar em foco no cartaz do MED, desde logo através da presença de Carmen Souza, que vai fazer um show-case no Cineteatro Louletano, a 10 de maio, durante a apresentação final do Festival MED. Cantora luso-caboverdiana, batizada pela imprensa internacional como a “Ella Fitzgerald de Cabo Verde” ou a “nova Cesária Évora”, combina uma virtuosa técnica vocal jazzística com uma série de influências lusófonas, que vão do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo baladas agridoces ou o ‘blues cabo-verdiano’. É hoje uma personalidade forte da world music e uma das cantoras de jazz de mais sucesso.
Ceuzany é a artista que fará o concerto inaugural, ainda antes do festival abrir oficialmente as portas, na noite de 25 de junho, no Palco Castelo. Nascida no Senegal, filha de pais cabo-verdianos, com dois anos de idade foi viver para o Mindelo. Foi vocalista do Cordas do Sol, grupo que deixou em 2013, ao iniciar a carreira a solo. O sucesso fez-lhe merecer inúmeras nomeações nos Cabo Verde Music Awards e vencer os prémios de melhor música tradicional e melhor intérprete feminino, em 2017.
Os Ferro Gaita regressam ao MED. Embaixadores do funaná, são uma das maiores instituições musicais de Cabo Verde. Trazem a sua terra na alma e o ritmo no coração e, uma vez mais, levam à Zona Histórica de Loulé toda a festividade e riqueza musical de África.
Num concerto especial, o músico Dino D´Santiago junta-se aos Os Tubarões, um dos maiores emblemas musicais de Cabo Verde e um dos grupos mais representativos da música do país no período de transição rumo à independência e democracia.
Mas haverá também a apresentação de um livro, uma conferência e duas exposições de arte com artistas cabo-verdianos. Em abril, o MED vai estar no Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, para apresentar todo este programa.
O presidente da Câmara de Loulé destacou a presença deste país com quem Loulé mantém uma relação muito estreita, fruto da geminação com o município da Boavista celebrada em 2000, e da forte comunidade residente no concelho. “Cabo Verde habituou-nos a mostrar ao mundo a sua cultura vigorosa, a sua criatividade musical, e tenho a certeza que esta edição vai correr muito bem! Quero arriscar dizer que vai ser a edição com mais afluência e interesse de sempre”, afirmou Vítor Aleixo.
Em 2025, o MED conta com 90 horas de música, 54 concertos, 338 músicos, 27 nacionalidades, 2 delas novas (Porto Rico e País de Gales), 12 palcos, 100 expositores de artesanato, 2 exposições de arte, 12 grupos de artistas de rua e 1 país convidado, Cabo Verde.
O MED continua a contar com o apoio da RTP, através da televisão e da rádio pública. Presentes nesta apresentação, os diretores, Gonçalo Madaíl e Nuno Galopim, reafirmaram esta parceria e sublinharam que, em 2025, as duas equipas estarão em Loulé com mais meios e novas tecnologias, para levar o MED a todas as partes do mundo. O envolvimento da RTP África e RDP África está também assegurado.
Os bilhetes já estão em pré-venda, até ao dia 22 de junho, com preços reduzidos: Bilhete diário 10 euros, Bilhete festival 30 euros e Bilhete família diário 35 euros.
O vereador dos Eventos, Carlos Carmo, referiu ainda alguns dados sobre um estudo realizado pela Universidade do Algarve sobre o impacto socioeconómico do Festival MED. “O impacto do MED na nossa comunidade multiplica-se por 3,5 vezes aquilo que é o investimento São 4,5 milhões de euros de retorno para a nossa economia, que nos dá a certeza que estamos no caminho certo!”, adiantou.
Confira os primeiros 25 nomes anunciados aqui.