Chamando a si a vontade de construir um espaço coletivo e de pensamento comunitário cultural, a Associação de Ativismo Cultural Ermo, em parceria com a Câmara Municipal de Loulé e com a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, com o apoio da Junta de Freguesia de São Clemente, criou este evento como forma de reunir vários talentos num mesmo lugar.
O Oximoro terá início no dia 2 de maio, sexta-feira, às 18h00, com a presença do presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, da diretora municipal, Dália Paulo, da diretora da Biblioteca, Rita Moreira, e de representantes da Associação Ermo.
Juntamente com a sessão de abertura, terá início o Mercado do Livro Independente, onde estarão presentes várias editoras e, às 18h30, arrancam as atividades com Uma Boiada Em Toada, do poeta brasileiro Maurício Vieira, jardineiro de palavras, autor de vários livros de poesia.
Às 19h00, a poeta e artista plástica Elisa Scarpa trará a performance, O Elogio da Divergência, baseada no seu livro com o mesmo nome.
Às 20h45, Grand Wreck leva ao palco a sua fusão enérgica de country, punk e indie, em formato acústico.
Às 21h30, Cobramor, autor, editor na Traça, tradutor de nomes como Hemingway, Patti Smith, Gary Snyder ou Kae Tempest e explorador sonoro apresenta uma performance Drone Spoken Punk, improvisada com base no seu último livro “A Boca Cheia de Cadáveres”, com artistas convidados.
No dia 3 de maio, as atividades arrancam às 11h00, com o workshop infantil Quem Conta Um Conto, de Carla Moreira, poeta e atriz, onde os participantes poderão aprender a acrescentar pontos aos contos que tão bem conhecemos. Às 12h00, o ilustrador, designer e cartoonista Hugo Vieira da Silva ministrará, também para os mais novos, o workshop de BD Abranda Desenhada, em que ensinará a elaborar banda desenhada com o corpo todo.
Pelas 14h00, Martim Santos aka Lágrima, apresentará mais uma das suas habituais sessões de Poetry Slam com convidados e microfone aberto. Às 15h00, o autor de BD e crítico musical José Carlos Fernandes promoverá o debate “A irrelevância da crítica cultural nas redes sociais”.
Às 16h00, o coletivo Espúria apresentará a sua mais recente edição com uma performance coletiva. Às 17h00, Salvador Santos, autor louletano e cronista no Jornal do Algarve, moderará o debate “A Morte da Poesia”, com Cobramor, o poeta António Dores e Maria Joana Almeida, professora, autora, cronista e coeditora da Elefante Editores.
Pelas 18h00, chega a eletrónica eclética do albufeirense Glassa Forbida, cercada de batidas e samples na direção da literatura distópica.
Às 19h00, com a curadoria da ARCM de Faro em resposta ao desafio da Ermo, o coletivo rotativo de música improvisada NEM apresentará a sua interpretação sonora do poema Olvida de Camilo Pessanha.
Pelas 21h00, entrará em cena Shela, (Paus, Riding Pânico, If Lucy Fell), com a sua interpretação sonora de “Oh Yes” de Charles Bukowski, desafio Ermo via curadoria Vencidos da Vida.
Finalmente, às 22h00, será a vez de Evaya, produtora musical, compositora e cantora portuguesa, natural de Poceirão. Em palco a artista apresentará o disco “Abaixo Das Raízes Deste Jardim”, numa experiência que promete transportar o público para um universo sonoro diferente, onírico e envolvente, lê-se em nota da autarquia.