"A água é um recurso escasso, finito e insubstituível. É essencial para a vida, para a saúde pública, para a produção alimentar e para o bom funcionamento das economias europeias", afirmou Lídia Pereira, acrescentando que fenómenos extremos como a seca prolongada no Algarve ou as inundações em Valência demonstram que a ação política não pode continuar a ser adiada.
A eurodeputada defendeu uma abordagem transfronteiriça e coordenada entre os Estados-Membros, com planeamento conjunto e soluções sustentáveis, reforçando que a gestão da água deve ser encarada como uma questão de soberania, segurança e solidariedade dentro da União.
Lídia Pereira aproveitou para elogiar a estratégia «A Água que Une», recentemente apresentada pelo Governo Português, que mobiliza cinco mil milhões de euros em investimento e define 300 medidas concretas, desde a construção de novas barragens, à redução de perdas na rede e à interligação de bacias hidrográficas. "Precisamos de investimento, inovação e digitalização — para reduzir perdas, modernizar infraestruturas e garantir que a água continua a unir, e não a dividir, a Europa", sublinhou.
Destacou ainda a necessidade urgente de proteger os recursos hídricos de substâncias perigosas, como os PFAS, que ameaçam a segurança da água para consumo humano e animal, exigindo "ação firme e célere" por parte das instituições europeias.
Lídia Pereira concluiu afirmando que a Estratégia Europeia para a Resiliência da Água não é apenas uma resposta aos desafios do presente, mas "um compromisso com o futuro das próximas gerações".
