A eurodeputada Lídia Pereira (PSD) participou esta terça-feira, na audição da comissária designada por Ursula von der Leyen para a pasta do Ambiente, Recursos Hídricos e Economia Circular. Durante a sessão, que decorreu em Bruxelas, Lídia Pereira manifestou a urgência em se implementarem abordagens inovadoras, através de tecnologias limpas, que permitam otimizar o uso da água e garantir a sustentabilidade.
Ao dirigir-se a Jessika Roswall, a eurodeputada recordou o caso dramático pelo qual está a passar a Comunidade Valenciana e destacou que “estes são desafios prementes em muitas regiões da Europa, particularmente na Península Ibérica onde as ameaças de seca e de inundações são constantes.”
Numa alusão à realidade nacional, explicou que “em Portugal esta situação sente-se todos os dias, principalmente no sul, no Algarve, afetando a agricultura e a vida diária de milhões de pessoas”.
Com foco no futuro e na utilização da tecnologia em resposta aos desafios climáticos, Lídia Pereira questionou Jessika Roswall sobre “como podem as novas tecnologias ser aproveitadas para desenvolver uma estratégia hídrica mais resiliente em toda a Europa e o que está previsto fazer para o desenvolvimento destas soluções, por exemplo no que toca à inovação, ao financiamento e à contratação pública?”
Em resposta à eurodeputada social-democrata, Jessika Roswall reconheceu que os desafios hídricos são cada vez maiores e que é importante uma abordagem integrada e inovadora.
A futura comissária afirmou que “é necessário usar técnicas mais avançadas, baseadas em tecnologias circulares e limpas, com sistemas de tratamento avançados, mas também soluções baseadas na natureza” e acrescentou que “a Europa tem mostrado que é líder nas técnicas de reutilização de água, designadamente na circularidade da água”, mas admitiu que “é preciso mobilizar maior investimento e mapear o que devemos fazer especialmente nas regiões mais afetadas pela escassez de água”.
À saída da audição, Lídia Pereira comprometeu-se a permanecer atenta ao trabalho da comissão, para garantir que as regiões mais vulneráveis, como a Península Ibérica e em especial o sul de Portugal beneficiam dos apoios necessários para fazer face a situações de seca extrema, incêndios ou inundações.